As primeiras horas de votação nas eleições gerais moçambicanas são marcadas por um ambiente calmo, segundo indicações de grande parte do país.
Os postos de votação abriram às sete horas, desta terça-feira, 15, e encerram às 18:00 horas.
Ainda não há informação detalhada dos locais impedidos de votar por causa da insurgência, na província de Cabo Delgado.
Mas na cidade de Pemba, a capital desta província do norte de Moçambique, no geral, muitos postos iniciaram a votação atempadamente.
Candidatos votaram
Os candidatos presidenciais Filipe Nyusi, Daviz Simango e Ossufo Momade fizeram parte dos primeiros a votar, respectivamente em Maputo, Beira e Ilha de Moçambique (Nampula).
Nyusi, que concorre para a sua própria sucessão pelo partido Frelimo, pediu serenidade aos moçambicanos e disse que a violência não é uma boa abordagem da vida.
Transparência e justiça eleitoral
Líder do Movimento Democrático de Moçambique, Simango, pediu transparência no processo eleitoral e advertiu aos seus co-cidadãos para votarem de modo a não ser governados por indivíduos por eles não eleitos.
Ossufo Momade, chefe da RENAMO, que votou na sua terra natal, também pediu justiça eleitoral.
Momade é citado pelo diário “O País” avisando que “não vamos aceitar resultados manipulados e não gostaríamos de voltar a ter os problemas do passado”.
Campanha violenta
Nesta votação, cerca de 13 milhões de moçambicanos irão escolher o presidente da República, deputados nacionais e provinciais e governadores.
A fase pré-eleitoral foi marcada por violência. Mais de quarenta pessoas morreram e dezenas feridas em incidentes de campanhas.
Num episódio ainda por esclarecer, elementos da Polícia de Moçambique assassinaram o observador eleitoral e defensor de direitos humanos Anastácio Matavel, em Xai-Xai, Gaza, nos últimos dias de campanha eleitoral.
Na sequência, as autoridades moçambicanas foram advertidas, pela sociedade civil e comunidade internacional, no sentido de garantir uma votação livre, transparente e pacifica.