A embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, anunciou na semana passada um financiamento de 624 mil dólares destinados à formação de mais de 200 juízes, procuradores, investigadores e funcionários alfandegários em matéria de investigação e julgamento de casos de tráfico ilegal de animais selvagens.
A primeira acção formativa, segundo fez saber a representação diplomática americana, em nota de imprensa, já teve início no mês de Fevereiro em Menongue, capital da província do Cuando Cubango e que se vai estender a 10 das 18 províncias.
Para o ambientalista angolano Vladimir Russo, o financiamento americano vai ajudar a dar corpo às novas exigências da lei penal angolana no campo dos “atentados ao ambiente que passaram a ser considerados como crime”.
O também ambientalista e activista cívico Bernardo Castro diz que o fenómeno da biopirataria resulta do pouco esforço e do insuficiente investimento que dos governos locais têm feito em matéria da defesa da diversidade biológica.
Castro considera “bem-vindo e vale a pena” o financiamento americano embora levante algumas objecções em relação às políticas americanas “em matéria dos direitos autorais ou de propriedade sobre a matéria ligada à diversidade biológica”.
“A exportação ilegal de madeira prejudica a subsistência do povo angolano e é uma das principais ameaças à vida selvagem e às florestas do país”, refere a nota que revelou estarem previstas acções idênticas envolvendo quadros e especialistas de Cabinda, Luanda e outras cidades num projecto que está a a ser efectivado pela organização não-governamental TRAFFIC.
A formação visa também fortalecer a capacidade de Angola de combater a extração ilegal e o tráfico de madeira, uma atividade que se alinha com os esforços contínuos do país para impedir as exportações ilegais de madeira a granel e outros produtos florestais.
Ambientalistas vêem com bons olhos formação de juízes angolanos para combate ao tráfico ilegal de animais
Estados Unidos da América destinam 624 mil dólares à formação de mais de 200 juízes, procuradores, investigadores e funcionários alfandegários angolanos em matéria de investigação e julgamento de casos de tráfico ilegal de animais selvagens.
Luanda —