Ambientalistas criticam delapidação de recursos moçambicanos

Obra do ecologista Carlos Serra, Moçambique, 2015. Serra usa material reciclado.

Arrancou esta quinta-feira, 23, em Maputo, a Conferência Internacional "Crescendo Azul", com apelos de ambientalistas a uma exploração sustentável dos recursos marinhos, que no caso de Moçambique têm sido delapidados por cidadãos asiáticos.

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Ambientalistas criticam delapidação de recursos moçambicanos

Aberta pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, a conferência visa promover a economia azul, ou seja baseada nos oceanos, e serve para Moçambique se juntar ao movimento global dinamizado pelas Nações Unidas, para a conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos.

O ambientalista e jurista Carlos Serra Júnior, disse que Moçambique deve fazer desta conferência uma oportunidade para aperfeiçoar as acções de preservação da biodiversidade, através de protocolos regionais.

"Chamamos a atenção para Moçambique, em especial, nesta luta pela conservação dos oceanos. Um protocolo para a prevenção e combate à poluição plástica pode ser o resultado muito importante e relevante para Moçambique e para o mundo também", destacou aquele ambientalista.

Filipe Nyusi anunciou que o seu Governo está a elaborar um plano para o combater o lixo marinho e o uso insustentável dos recursos naturais nas águas territoriais moçambicanas.

Alguns críticos dizem que ao nível da retórica parece estar tudo muito bem, mas os chineses estão a rapar os recursos marinhos. "E nessa actividade criminosa, os chineses têm a protecção de algumas figuras do Governo", acusam.

A conferencia "Crescendo Azul," que termina esta sexta-feira,24, tem a participação de cerca de seiscentas pessoas, entre estadistas, governantes e especialistas de todo o mundo.