Alunos guineenses pedem fim da greve dos professores e motoristas anunciam paralisação

Cidade de Bissau

Polícia dispersou marcha de estudantes que pedia o regresso às aulas

Estudantes das escolas públicas da Guiné-Bissau saíram às ruas da capital do país nesta sexta-feira, 8, para exigir o fim da greve dos professores e o regresso às aulas.

Entretanto, a marcha tinha como o destino a sede do Governo, mas tal não aconteceu porque porque os manifestantes foram impedidos pela polícia, que os dispersou, através de uma intervenção musculada, mas sem graves incidentes.

A marcha pelas artárias de Bissau coincidiu com o último dia da greve de funcionários públicos que paralisaram a Administração desde segunda-feira, 4.

Mais greves

Entretanto, a Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores anunciou uma greve a partir do dia 17 em protesto pelo incumprimento por parte do Governo do despacho conjunto do memorando de entendimento de 15 de novembro de 2020, entre o Ministério dos Transportes e do Ministério do Interior, que reativava a Comissão de Seguimento e Fiscalização de Suspensão de todas as actuações das forças de segurança nas vias públicas.

A posição do sindicato foi tornada pública em conferência de imprensa na quinta-feira, 7, pelo seu secretário-geral Caram Samba Lamine, quem realçou que, embora os seus filiados estejam serenos, ele podem reagir mais tarde ou mais cedo caso o Governo não criar a comissão.

Caram Samba explicou que o Governo tinha garantido à Federação, a 15 de novembro que, num prazo de 10 doas, seria reactivada a comissão para evitar que houvesse mais choques ou constrangimentos entre motoristas e agentes da Polícia de Trânsito.

Caram Lamine chamou a atenção também para a importância de mexer na questão da tabela dos preços porque, de acordo com o sindicato, ela não foi actualizada desde 2011.

Perante esta situação, o porta-voz da Federação exortou o Governo a honrar o compromisso assumido a 15 de novembro “antes que seja tarde”.