Primeiro-ministro da Argélia diz que a forma como as forças armadas lidaram com os radicais islamicos é uma mensagem de que o terrorismo não sobreviverá no seu país
A dura resposta da Argélia que pôs fim a crise de reféns em que morreram dezenas de pessoas, é em partes suscitada pela sangrenta guerra civil durante a década de 1990, e foi sem surpresas para muitos dos observadores.
Contudo os analistas prevêem crises semelhantes decorrente do melhoramento das relações com a França, antiga potência colonizadora, pelo seu envolvimento activo no conflito maliano, e que podem atiçar represálias por parte de membros islamitas no território argelino.
Em menos de uma semana, a Argélia deixou de ser o expectador da luta contra radicais islâmicos no vizinho Mali, e tornou-se no palco central dessa mesma luta ao pôr fim a um ataque terrorista numa refinaria de gás na região desértica do país.
O governo argelino defendeu a dureza com que usou na resposta militar contra os captores de reféns, considerada como a mais sangrenta da memória mais recente.
Na conferência de imprensa difundida pela televisão francesa, o primeiro-ministro argelino Abdelmalek Sellal disse que o assalto militar contra os captores de reféns no complexo de Ain Amenas foi apropriado uma vez que os malfeitores tencionavam matar todos os captivos. O governante argelino disse que o mesmo envia uma forte mensagem de que o terrorismo não sobreviverá na Argélia.
Mas alguns governos estrangeiros dos quais seus cidadãos foram mortos no incidente questionam e chegam mesmo a considerar a hipótese de as autoridades argelinas terem podido evitar o elevado número de baixas. Kader Abderrahim um especialista do Magreb no instituto de Estudos Políticos de Paris, vai mais longe e considera a operação de um falhanço.
Diz o académico estar seguro que a imagem do governo argelino está internacionalmente debilitada. Sabemos agora que o regime não mudou, e jamais mudará. É brutalidade e uma forte política – sentenciou o professor Kader Adderrahim.
Mas outros analistas acreditam que as críticas internacionais agora suscitadas serão desvanecidas brevemente. Monsouria Mokhefi que chefia o Departamento do Médio Oriente e Norte de África no Instituto Francês de Relações Internacionais, diz que ninguém devia estar surpreendido com a resposta argelina.
Alguém que conhece um pouco o regime argelino não podia esperar outra coisa do que uma pesada, imediata e brutal reacção. Sempre foi assim quando as forças argelinas têm que enfrentar o terrorismo – e todos sabem que eles tinham que o enfrentar várias vezes durante as duas ultimas décadas – concluiu o académico.
A Argélia se tinha mergulhado numa sangrenta guerra civil na década de 1990 que forçou os militares a apoiarem o governo contra islamitas radicais. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas logo a seguir as eleições em 1999, e até hoje as marcas desses conflitos ainda persistem. Milhares de pessoas desaparecidas ainda não foram reconhecidas pelas autoridades, e o cidadão comum acusam tanto as forças de segurança governamentais como os islamitas como responsáveis pela situação.
Internamente a oposição política criticou a operação militar na refinaria de Ain Amenas, mas os críticos comuns do governo acabaram por saudar a resposta do exército. Contudo todos têm a consciência de que a luta contra o terrorismo está longe do fim.
Contudo os analistas prevêem crises semelhantes decorrente do melhoramento das relações com a França, antiga potência colonizadora, pelo seu envolvimento activo no conflito maliano, e que podem atiçar represálias por parte de membros islamitas no território argelino.
Em menos de uma semana, a Argélia deixou de ser o expectador da luta contra radicais islâmicos no vizinho Mali, e tornou-se no palco central dessa mesma luta ao pôr fim a um ataque terrorista numa refinaria de gás na região desértica do país.
O governo argelino defendeu a dureza com que usou na resposta militar contra os captores de reféns, considerada como a mais sangrenta da memória mais recente.
Na conferência de imprensa difundida pela televisão francesa, o primeiro-ministro argelino Abdelmalek Sellal disse que o assalto militar contra os captores de reféns no complexo de Ain Amenas foi apropriado uma vez que os malfeitores tencionavam matar todos os captivos. O governante argelino disse que o mesmo envia uma forte mensagem de que o terrorismo não sobreviverá na Argélia.
Mas alguns governos estrangeiros dos quais seus cidadãos foram mortos no incidente questionam e chegam mesmo a considerar a hipótese de as autoridades argelinas terem podido evitar o elevado número de baixas. Kader Abderrahim um especialista do Magreb no instituto de Estudos Políticos de Paris, vai mais longe e considera a operação de um falhanço.
Diz o académico estar seguro que a imagem do governo argelino está internacionalmente debilitada. Sabemos agora que o regime não mudou, e jamais mudará. É brutalidade e uma forte política – sentenciou o professor Kader Adderrahim.
Mas outros analistas acreditam que as críticas internacionais agora suscitadas serão desvanecidas brevemente. Monsouria Mokhefi que chefia o Departamento do Médio Oriente e Norte de África no Instituto Francês de Relações Internacionais, diz que ninguém devia estar surpreendido com a resposta argelina.
Alguém que conhece um pouco o regime argelino não podia esperar outra coisa do que uma pesada, imediata e brutal reacção. Sempre foi assim quando as forças argelinas têm que enfrentar o terrorismo – e todos sabem que eles tinham que o enfrentar várias vezes durante as duas ultimas décadas – concluiu o académico.
A Argélia se tinha mergulhado numa sangrenta guerra civil na década de 1990 que forçou os militares a apoiarem o governo contra islamitas radicais. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas logo a seguir as eleições em 1999, e até hoje as marcas desses conflitos ainda persistem. Milhares de pessoas desaparecidas ainda não foram reconhecidas pelas autoridades, e o cidadão comum acusam tanto as forças de segurança governamentais como os islamitas como responsáveis pela situação.
Internamente a oposição política criticou a operação militar na refinaria de Ain Amenas, mas os críticos comuns do governo acabaram por saudar a resposta do exército. Contudo todos têm a consciência de que a luta contra o terrorismo está longe do fim.