Albano Bingobingo e Nélson Dibango suspenderam greve de fome

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Pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima diz não ter havido invasão, mas a igreja reza por todos.

Os activistas Albano Bingobingo e Nélson Dibango suspenderam nesta terça-feira a greve de fome que mantinham depois de o Tribunal Provincial de Luanda ter marcado o julgamento do grupo de 17 jovens para os dias 16 a 20 de Novembro.

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Dois activistas suspendem greve de fome - 3:37

“O estado de saúde de Albano Bingobingo é grave”, disse a activista Laurinda Gouveia que visitou hoje os seus colegas acusados de planificarem actos preparatórios para o cometimento do crime de rebelião e atentado contra o Presidente da República e outros membros do Governo que se encontram estabelecimento de São Paulo.

“Já não há nenhum em greve de fome aqui no São Paulo”, disse Gouveia que aguarda o julgamento em liberdade.

Por seu lado, Moisés dos Santos Miguel, pai de Nelson Dibango, outro detido naquela prisão que também suspendeu a greve de fome, afirma que o estado de saúde do seu filho é débil e carece de assistência medica.

“Ele na verdade já parou a greve porque consegui persuadi-lo a parar mas precisa mesmo de tratamento médico”, pediu o pai de Dibango.

Quem reagiu à informação de que a polícia invadiu a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, para prender activistas que assistiam a uma missa a favor de Luaty Beirão, no passado dia, 12 de Outubro, é o Frei Filipe Tula Daniel Quiviangi.

Ele nega qualquer invasão por parte da polícia: “No dia e hora mencionados não se verificou nenhuma invasão da polícia no interior da igreja durante a celebração da santa missa”.

O pároco garantiu não ter havido “espancamento, moléstia ou outro tipo de violência contra os confrades que atendem à comunidade paroquial, nem padre nenhum foi levado como prisioneiro pela polícia, embora tenha havido confusão lá fora, facto que fez com que o frade que presidia a missa parasse por uns instantes a fim de se informar do que se passava”.

“Rezar pelas intenções de todos ou segundo necessidades específicas, é obrigação da igreja. por isso, a igreja paroquial está e estará sempre aberta para atender todos os cristãos que desejam, em comunhão com a santa madre igreja, apresentar as suas intenções a deus pelas diversas necessidades”, concluiu Frei Filipe Tula Daniel Quiviangi.

De recordar que o julgamento dos 17 activistas está marcado para decorrer de 16 a 20 de Novembro no Tribunal Provincial de Luanda.