AI pede libertação imediata do "preso de consciência" José Marcos Mavungo

Ministério Público pediu 12 anos de prisão e sentença será lida a 14.

A Amnistia Internacional(AI) declarou como "prisioneiro de consciência" o activista José Marcos Mavungo, detido em Cabinda desde 14 de Março e que incorre numa pena de 12 anos de prisão.

"A Amnistia Internacional considera que José Marcos Mavungo é um prisioneiro de consciência por estar acusado e detido apenas pelo exercício pacífico dos seus direitos de liberdade de expressão, associação e reunião, e que se destina a intimidar outros críticos do Governo”, diz a organização de defesa dos direitos humanos num comunicado enviado à imprensa.

Por este motivo, a AI pede a libertação "imediata e incondicional" de Mavungo, cuja sentença será lida na próxima segunda-feira, 14.

Em declarações ontem à VOA, o advogado do activista, Francisco Luena disse acreditar na sua absolvição porque “em nenhum momento a procuradoria conseguiu provar a relação existente entre os explosivos e a mochila”, apreendidos pela polícia na véspera de uma manifestação convocada pelo activista sobre a violação dos direitos humanos e a má governação na província de Cabinda.

Nas alegações finais do julgamento realizado de 26 a 28 de Agosto, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão para Mavungo, de 52 anos, por crime de rebelião.