A Amnistia Internacional (AI) participa na organização e divulgação das várias manifestações que vão assinalar o primeiro aniversário da prisão dos activistas angolanos, em Luanda, conhecidos por revús.
Os protestos começam domingo, 19, em Luanda, e vão até terça-feira, 21.
Tanto em Luanda, como em Paris, Lisboa, Bruxelas e Pretória, aquela organização de defesa dos direitos humanos acredita que apesar de terem sido presos há um ano, a causa dos activistas não morreu e, pelo contrário tem ganho mais adeptos.
“Um ano depois da prisão deles, notamos que a solidariedade tem aumentado e este é o motivo porque agora vão acontecer todas estas motivações”, disse à VOA a especialista em Angola da AI, Mariano Abreu.
Apesar da intenção totalmente pacífica das manifestações, a AI teme que, em Angola, “elas venham a ser reprimidas pelas autoridades como tem acontecido sempre, à excepção de Benguela”.
Por isso, Abreu apela “as autoridades a deixarem as pessoas manifestarem-se livremente como diz a lei”.
Um ano após a prisão, a Amnistia Internacional continua a considerar os activistas de “prisioneiros de consciência que não deviam ter passado nem um dia na prisão”.
“Além de consequências emocionais e físicas, essas prisões têm prejudicado as famílias dos activistas de quem elas dependiam financeiramente porque era a sua fonte de rendimento”, reitera Mariana Abreu, que também revela a preocupação da sua organização para a falta de resposta ao habeas corpus apresentado pela defesa.
“Em Angola, o prazo já expirou e o habeas corpus é uma medida de urgência”, alerta Mariana Abreu.
A 20 de Junho de 2015, 15 activistas foram detidos e depois duas mais juntaram-se ao grupo que foram condenados em Março a penas de prisão peloscrimes de rebelião, tentativa de golpe de Estado e associação de malfeitores.