ONU diz serem necessários 138 milhões de dólares para ajudar moçambicanos afectados por ciclones e cólera

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    Heather (Abuja)

Rua da cidade de Quelimane com a passagem da tempestade tropical Freddy, Moçambique

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que as organizações humanitárias que ajudam os cerca de um milhão de moçambicanos afectados por ciclones e pela actual epidemia de cólera necessitam de 138 milhões de dólares.

Aquela agência estima que 975 mil pessoas estejam a precisar de ajuda em Moçambique, sendo a província da Zambézia, a a mais afectada com meio milhão de pessoas atingidas.

Desde setembro, a doença já matou 124 pessoas no país.

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O escritório acrescentou que 40 entidades estão envolvidas no apoio humanitário e de emergência com o objectivo de chegar a 80% da população estimada, da qual 300 mil pessoas já receberam algum tipo de ajuda.

Há algumas semanas o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana pediu ajuda da comunidade internacional para os governos de Moçambique e Malaui enfrentarem a epidemia de cólera.

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Nos meses de Fevereiro e Março, o centro do país foi afectado duas vezes pelo ciclone Freddy, que deixou 169 mortos, 700 feridos, mais de 130 mil casas destruídas e mais de 50 mil deslocados, além de muitos dados em infraestruturas e campos de cultivos.

No dia 13, em nota, a Embaixada americana em Maputo informou que a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), do Governo dos Estados Unidos, disponibilizou um valor superior a seis milhões de dólares de assistência humanitária urgente às vítimas do ciclone Freddy em Moçambique.

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Na ocasião, 5.750 milhões de dólares foram alocados através do Programa Mundial de Alimentação (PMA), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), enquanto mais 450 mil dólares foram entregues à organização Care International para apoiar na distribuição de abrigo e água, saneamento e kits de higiene.