O tribunal Provincial de Cabinda marcou para o dia 25 de Agosto, o julgamento do activista cívico angolano José Marcos Mavungo, detido e acusado pela Procuradoria da República de prática de um crime de rebelião contra o Estado angolano, no enclave de Cabinda.
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De acordo com a acusação, Marcos Mavungo é autor de diversos panfletos que incitavam a violência, insubordinação das instituições e que atentavam contra a segurança do Estado na província de Cabinda.
O activista foi igualmente acusado pelas autoridades de possuir material explosivo que se destinava a fins subversivos, provas que o advogado Francisco Luemba diz não serem credíveis e objectivas.
Francisco Luemba disse que em nenhum momento a Procuradoria conseguiu provar a relação existente entre os explosivos e a mochila apreendidos pela polícia na véspera de uma manifestação.
Francisco Luemba espera que o tribunal faça justiça e que a decisão não dependa dos órgãos de defesa e segurança "como sempre funcionou nos processos de crimes contra a segurança do Estado".
O julgamento marcado para a próxima Terça-feira, 25 de Agosto
Para este julgamento foram arrolados como declarantes vários activistas da sociedade civil que faziam parte da organização da marcha sobre a situação dos direitos humanos e sobre a má governação de Cabinda, manifestação que foi entretanto rejeitada pelas autoridades angolanas.
Na sequência da proibição da marcha, as autoridades detiveram para além do activista Marcos Mavungo, o advogado Arão Bula Tempo que entretanto foi posto em liberdade no passado mês de Maio.