O Conselho Superior de Comunicação Social (CSCS) de Moçambique condenou nesta quinta-feira, 6, o que considera ser actos violência contra dois jornalistas do Magzine Independente na terça-feira por agentes da segurança do governador da província de Maputo.
O CSCS emitiu um comunicado depois de o director do órgão, Lourenço Josias, ter apresentado uma queixa.
“A equipa de reportagem do semanário foi interceptada por agentes da unidade de segurança do Governo provincial de Maputo, quando tiravam imagens da fachada exterior do palácio do Governo”, conta o CSCS.
Ainda segundo o comunicado, “os agentes de segurança exigiram ao repórter fotográfico que apagasse as imagens tiradas e, face à recusa deste, os jornalistas foram levados à força para o interior de um edifício onde foram apagadas as imagens, através de danificação do cartão em que haviam sido registadas”.
O jornal diz ter entrado em contacto com os agentes de segurança, a quem confirmaram a identidade da sua equipa de reportagem, mas, ainda assim, tomaram os telemóveis dos jornalistas e apagaram todo o conteúdo ai gravado, incluindo dados de natureza particular.
Violação da lei
“Perante estes factos, o CSCS exprime o seu inequívoco repúdio a tais actos, que se traduzem em atentado contra a liberdade de imprensa” e lembra que nenhuma lei proibide fotografar quaisquer instalações públicas de caracter civil, como é o caso do palácio do Governo provincial de Maputo.
Para aquele órgão, a destruição de material de trabalho de jornalistas constitui “um acto expressamente proibido pela lei de imprensa”.
O jornal Magazine Independente acusa o gabinete de comunicação e imagem do Governo provincial de ter colaborado na preparação do ataque contra os seus jornalistas.