Agenda Africana: Prostituição embrulhada em papel de prenda

Amilca Ismael, autora de Efémera Liberdade.

Amilca Ismael, radicada na Itália, descreveu o cenário do tráfico para prostituição de África para a Itália.

No dia mundial dos Direitos Humanos falámos com Amilca Ismael, autora de "Efémera Liberdade", um livro que aborda o tráfico humano.

A escritora moçambicana vive na Itália e no seu livro relata a história de Rute, um símbolo de todas as meninas que saem dos seus países iludidas por uma vida melhor que nunca chega a acontecer.

É levada para uma casa de prostituição, frequentada por clientes da alta sociedade, conta Amilca. Rute é uma menina de 14 anos, que sai de África para a Itália com a ilusão de que vai continuar os seus estudos

Amilca Ismael conta-nos tudo:

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Tráfico humano, cenário mundial

O relatório das Nações Unidas 2014 sobre tráfico humano, diz que 49 por cento das vítimas de tráfico são mulheres, 18 são homens, 12 por cento são rapazes e 21 por cento são meninas.

Em quase todo o mundo estas pessoas são exploradas sexualmente ou para trabalhos forçados e escravatura.
Os principais destino do tráfico são as Américas central e do norte, as Caraíbas, Europa central e Médio Oriente.

Moçambique é tido como porta de entrada mais fácil para traficantes de seres humanos com destino à África do Sul, sobretudo mulheres e crianças que são basicamente exploradas na indústria de sexo e trabalho forçado.

Amilca Ismael, radicada na Itália, descreveu o cenário do tráfico para prostituição de África para a Itália.

A escritora moçambicana, vencedora de vários prémios internacionais é autora também de "A Casa de Recordações" e ”A história de Nadia“.