Aquele especialista defendeu a necessidade de se investir mais no ensino básico como base do sucesso do país na educação.
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O futuro da educação de Angola depende do reforço do ensino básico e da democratização das escolas, defendeu Vítor Barbosa, presidente da Rede Angolana da Sociedade Civil da Educação para Todos.
A rede engloba diversas organizações da sociedade civil e visa fomentar a educação como um dos direitos humanos que é de responsabilidade do Estado garantir.
No programa Fala Só, Barbosa disse que o objectivo da sua organização não é produzir resultados imediatos mas garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar.
“A educação de qualidade para uns não é um direito, é um privilégio para poucos”, disse o professor para quem “a educação tem também que promover valores”.
Para Barbosa a educação é sempre “uma questão política”.
“Angola assume-se como um Estado democrático”, disse o professor salientando que como tal “é necessária a participação do cidadão”.
“Temos que ter a coragem de termos a cultura do diálogo”, disse.
“As comunidades têm que controlar o funcionamento das escolas”, disse o professor para quem os pais dos alunos têm que controlar o que se passa nas escolas onde estão os seus filhos.
Barbosa defendeu a necessidade de se investir mais no ensino básico como base do sucesso do país na educação.
“Estamos a gastar mais no ensino superior do que com o ensino básico e isso destrói o ensino”, acrescentou Barbosa quem lamentou também a exclusão de muitas crianças do ensino por falta de professores ou infra-estruturas .
“Estamos a enxugar o chão com a torneira aberta”, avisou o professor que lamentou também “o excesso de burocracia para a admissão de professores”.
Barbosa disse que nos últimos tempos tem melhorado “muito” o diálogo com o Ministério da Educação que agora “dá mais estatísticas do que há três anos”.
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