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Angola não vive uma situação perfeita mas a tolerância está a crescer “aos poucos,” disse o Pastor Luis Nguimbi, Presidente do Fórum Cristão de Angola e antigo secretário geral do Conselho das Igrejas Cristãs de Angola onde foi coordenador para a Paz, quando falava no “Angola Fala Só”.
No dia em que se celebrou 12 anos de paz em Angola Nguimbi disse que a paz assinada há 12 anos se deveu a Deus.
“Deus foi o verdadeiro árbitro,” acrescentou.
Num programa marcado por fortes críticas dos ouvintes à actual situação social e mesmo política no país o Pastor Nguimbi reconheceu que o processo “não é perfeito”.
“É feito por homens e como tal há que contar com incidentes,” disse, afirmando existirem de facto “casos de intolerância aqui e ali”.
Contudo, disse “aos poucos, os angolanos sabem que Angola é um país grande onde todos cabem”.
Para Nguimbi “ a vida faz-se com problemas” que possam surgir .
Interrogado sobre o desaparecimento e morte dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue disse que qualquer governo eleito têm responsabilidades.
“Vamos esperar que o governo explique e saiba culpabilizar,” acrescentou afirmando ainda que o governo “deve garantir a segurança do povo”.
“ A paz passa pelo direito do respeito ao próximo,” acrescentou.
O presidente do Fórum Cristão de Angola defendeu a necessidade de se criar em Angola uma cultura de instituições que possam responder às necessidades e queixas dos angolanos.
“O nosso povo tem que criar a cultura das estruturas,” disse o Pastor Nguimbi para quem “todas as estruturas ( do governo) têm que ser exploradas” para responderem as necessidades do povo.
Se isso falhar há sempre o recurso a instituições morais como as igrejas que têm acesso a estruturas do poder..
Ao mesmo tempo, disse, “ não devemos esperar que o governo faça tudo”.
Um ouvinte do Huambo, , Aniceto José, disse que apesar do “calar das armas” não há ainda reconciliação em Angola algo com que o Pastor Nguimbi não concordou.
“Há reconciliação porque já conseguimos viver juntos,” disse acrescentando que reconciliação no país “está em fase crescente”.
Nguimbi opinou que “o país está a funcionar” não se podendo comparar com o país que existia quando foram assinados os acordos de paz.
O facto de notarem erros, acrescentou, é prova que o governo está a fazer algo.
“Nota-se que há algo a ser feito porque se notam os erros,” disse.
Um ouvinte queixou-se que entidades do governo não respeitam a lei e, segundo disse, muitos dirigentes violam a constituição que foi elaborada pelo próprio partido no poder.
“A lei é de todos os angolanos e não de angolanos que são A, B ou C,” disse.
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