Os Estados Unidos da América e a União Europeia estão a seguir de perto as ameaças dos grupos terroristas em Africa e tal como outras potências ocidentais prometem meios para combater o extremismo no continente.
O ano de 2013 parece ter sido o momento em que o mundo se despertou acerca do terrorismo africano.
Houve vitórias militares contra grupos islâmicos extremistas no Mali e na Somália, entretanto seguidas de outros ataques terroristas em países vizinhos, demonstrando assim o carácter complexo e persistente das ameaças que ainda existem.
O ano de 2013 começou com a intervenção militar francesa no Mali. Combatentes ligados a al-Qaida que controlavam o norte do país estavam em avanço para o sul.
As tropas malianas não puderam resistir sozinhas. Mas mesmo após a liberação do norte pelas tropas francesas e africanas, os combatentes jihadistas lançaram ataques de represália contra as instalações de produção de gás de Ain Amenas, na Argélia, fazendo centenas de reféns e no final pelo menos 36 mortos - todos eles trabalhadores estrangeiros.
A Somália parecia estar no fim da picada no início de 2013. Tropas quenianas e da União Africana combateram o grupo de milícia al-Shabab nos principais centros urbanos onde tinham encontrado o refúgio.
Mas em Setembro, um pequeno grupo de militantes da al-Shabab atacou um centro comercial em Nairobi, matando mais de 60 pessoas deixando de rastos as agências de segurança e de inteligência quenianas.
O mundo viu através da televisão centenas de sobreviventes.
“Tudo quanto me lembro é das pessoas dizendo, deitem-se por terra. Todos se deitaram e rastejaram.”
A Nigéria anunciou que estava a apertar o cerco contra a crescente insurreição radical da Boko Haram, que tem vindo a combater desde 2009. No mês de Maio, tropas governamentais deram o início a ofensiva contra a seita. As Nações Unidas afirmam que a ofensiva que ainda continua já matou 1200 pessoas. Mas a Boko Haram continua a atacar.
Tudo o que tem vindo a acontecer em África, parece similar. Insurrectos islâmicos assumem o controlo de territórios, erguem esconderijos, e chegam mesmo a tentar governar. Mas logo que enfrenta acções militares, abandonam os centros urbanos e dispersam-se. Alguns são mortos, outros escapam-se para retaliar mais tarde, depois de reforçados por novos recrutas.
O pesquisador senegalês Bakary Sambe diz que a intervenção militar, em particular pelas forças ocidentais, exacerbam a radicação desses grupos.
“É absurdo dizer, pode-se fazer guerra contra o terrorismo que pela natureza está a expandir e regenerar-se constantemente. Também precisamos de combater as causas da radicalização: pobreza, o sentimento de frustração e de rejeição pelo estado, e o sub-desenvolvimento…o ponto crucial do terrorismo e de todo o extremismo violento é a exploração da miséria social. É acerca da exploração daqueles que se sentem abandonados económica e politicamente.”
Analistas afirmam que a al-Shabab continua a ser o grupo extremista em África mais organizado, e ate aqui a organização mais chegada à al-Qaida, e a publicidade que granjeou com o ataque ao centro comercial Westgate no Quénia revitalizou a sua acção no recrutamento no estrangeiro.
Os Estados Unidos da América e a União Europeia estão a seguir de perto as ameaças dos grupos terroristas em Africa. Mas a excepção da França, que continua combater os extremistas no Mali, as potências ocidentais afirmam que no futuro vão continuar a apoiar os esforços de financiamento para assistir e treinar tropas africanas com vista a conter o extremismo violento.
Houve vitórias militares contra grupos islâmicos extremistas no Mali e na Somália, entretanto seguidas de outros ataques terroristas em países vizinhos, demonstrando assim o carácter complexo e persistente das ameaças que ainda existem.
O ano de 2013 começou com a intervenção militar francesa no Mali. Combatentes ligados a al-Qaida que controlavam o norte do país estavam em avanço para o sul.
As tropas malianas não puderam resistir sozinhas. Mas mesmo após a liberação do norte pelas tropas francesas e africanas, os combatentes jihadistas lançaram ataques de represália contra as instalações de produção de gás de Ain Amenas, na Argélia, fazendo centenas de reféns e no final pelo menos 36 mortos - todos eles trabalhadores estrangeiros.
A Somália parecia estar no fim da picada no início de 2013. Tropas quenianas e da União Africana combateram o grupo de milícia al-Shabab nos principais centros urbanos onde tinham encontrado o refúgio.
Mas em Setembro, um pequeno grupo de militantes da al-Shabab atacou um centro comercial em Nairobi, matando mais de 60 pessoas deixando de rastos as agências de segurança e de inteligência quenianas.
O mundo viu através da televisão centenas de sobreviventes.
“Tudo quanto me lembro é das pessoas dizendo, deitem-se por terra. Todos se deitaram e rastejaram.”
A Nigéria anunciou que estava a apertar o cerco contra a crescente insurreição radical da Boko Haram, que tem vindo a combater desde 2009. No mês de Maio, tropas governamentais deram o início a ofensiva contra a seita. As Nações Unidas afirmam que a ofensiva que ainda continua já matou 1200 pessoas. Mas a Boko Haram continua a atacar.
Tudo o que tem vindo a acontecer em África, parece similar. Insurrectos islâmicos assumem o controlo de territórios, erguem esconderijos, e chegam mesmo a tentar governar. Mas logo que enfrenta acções militares, abandonam os centros urbanos e dispersam-se. Alguns são mortos, outros escapam-se para retaliar mais tarde, depois de reforçados por novos recrutas.
O pesquisador senegalês Bakary Sambe diz que a intervenção militar, em particular pelas forças ocidentais, exacerbam a radicação desses grupos.
“É absurdo dizer, pode-se fazer guerra contra o terrorismo que pela natureza está a expandir e regenerar-se constantemente. Também precisamos de combater as causas da radicalização: pobreza, o sentimento de frustração e de rejeição pelo estado, e o sub-desenvolvimento…o ponto crucial do terrorismo e de todo o extremismo violento é a exploração da miséria social. É acerca da exploração daqueles que se sentem abandonados económica e politicamente.”
Analistas afirmam que a al-Shabab continua a ser o grupo extremista em África mais organizado, e ate aqui a organização mais chegada à al-Qaida, e a publicidade que granjeou com o ataque ao centro comercial Westgate no Quénia revitalizou a sua acção no recrutamento no estrangeiro.
Os Estados Unidos da América e a União Europeia estão a seguir de perto as ameaças dos grupos terroristas em Africa. Mas a excepção da França, que continua combater os extremistas no Mali, as potências ocidentais afirmam que no futuro vão continuar a apoiar os esforços de financiamento para assistir e treinar tropas africanas com vista a conter o extremismo violento.