Mais de 1.500 mineiros foram expulsos na quinta-feira, 15, pela Sibanye Gold por participarem numa greve considerada ilegal que culminou com violência, deixando feridos 10 moçambicanos.
Your browser doesn’t support HTML5
A situação está confusa nas três unidades de produção da Sibanye Gold, em Westonaria, a cerca de 100 quilómetros a ocidente de Joanesburgo.
Nas suas unidades de produção mil trabalhadores, dos quais cerca de 340 são moçambicanos recrutados pela agencia TEBA em Moçambique e outros 29 moçambicanos foram recrutados localmente.
As actividades laborais nas três unidades de Sibanye Gold em Westonaria foram suspensas há mais de uma semana na sequência da greve que degenerou em violência.
O Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM), falou com os seus membros na Sibanye Gold, comunicando-lhes que iam retomar as actividades laborais a partir deste domingo.
Entretanto, alguns membros disseram que tinham cartões de acesso bloqueados pela companhia.
Instantes depois, a Sibanye anunciou que cerca de dois mil trabalhadores acabavam de ser expulsos por terem participado numa greve considerada ilegal. Ainda se desconhece o numero de moçambicanos afectados.
O sindicato nacional protesta contra a expulsão dos mineiros, alegando que os seus membros foram coagidos por membros da outra organização sindical rival a participarem na greve ilegal em protesto contra a proibição de levarem alimentos para o interior da mina.
A decisão da proibição foi uma estratégia da companhia para cortar a fonte de alimentação dos mineiros ilegais envolvidos na mineração ilegal na zona.
Os mineiros filiados no sindicato rival da organização nacional dos mineiros revoltaram-se contra a medida da companhia, atacando os colegas que não tinham aderido à greve.
Dez mineiros moçambicanos ficaram feridos, quatro dos quais em estado grave.
Com a falta de acesso a comida e água, os mineiros ilegais começaram a sair a superfície.
Segundo o porta-voz da Sibanye, mais de 200 mineiros ilegais foram detidos juntamente com trabalhadores que colaboravam com os ilegais.
Ontem, a empresa anunciou a expulsão dos mineiros que fizeram a greve ilegal.
Os sindicatos não concordam com a medida extrema.
Um mineiro moçambicano disse que a confusão ainda é grande na companhia.
O acesso ao recinto da companhia está vedado a jornalistas e ao público.