A Casa Branca voltou a ser questionada relativamente às conversações dos EUA e da NATO no que toca ao fim das operações de combate no Afeganistão, prevista até meados do próximo ano, à medida que as forças internacionais comecem a transferir as questões de segurança para responsabilidade das tropas afegãs.
Várias vezes, esta quinta-feira, durante a habitual conferência de imprensa da Casa Branca, os repórteres perguntaram ao porta-voz presidente, Jay Carney, se teria havido uma mudança fundamental na calendarização dos EUA e da NATO relativamente à data anunciada por ocasião da Cimeira da NATO, em 2010.
A NATO prometeu completar a transferência das responsabilidades de segurança para as forças afegãs e retirar os soldados estrangeiros até finais de 2014.
Fontes oficiais sublinharam sempre que as condições de segurança irão determinar o ritmo e a amplitude do processo.
O que o porta-voz da Casa Branca tornou claro foi que 2014 é a data marcada - que não mudou - e que as declarações feita pelo secretário da Defesa, Leon Panetta, na quarta-feira, não correspondem uma nova decisão.
Panetta declarou a jornalistas que os EUA iriam, muito provavelmente, terminar as suas missões de combate no Afeganistão em “meados e nunca mais tarde do que os finais de 2013”.
Carney, o porta-voz da Casa Branca diz que o principal objectivo do presidente Obama é desmantelar e derrotar a al Qaida. Disse ele: “ Bem, potencialmente, até que a liderança no sector da segurança esteja terminada, até que a transferência seja feita - de acordo com o que ficou estabelecido pela NATO, em Lisboa - a presença irá estar terminada até finais de 2014”.
Depois das declarações de Panetta, Mitt Romney, o candidato à nomeação à corrida à Casa Branca pelo Partido Republicano, criticou a posição do Secretário da Defesa. Disse Romney: “O talibans ouvem isso, os paquistaneses ouvem isso, os líderes afegãos ouvem isso. Por alma de quem é que se vai dizer ao povo por quem se está a combater o dia em que vamos retirar as nossas tropas? Não faz absolutamente sentido nenhum. A sua ingenuidade está a colocar em perigo a missão dos EUA e os nossos compromissos para com a liberdade”.
Jay Carney fez questão em sublinhar que o presidente Obama tem uma “política muito clara” e que “não apoia uma guerra sem fim”.