No Brasil, a derrota sofrida pela presidente Dilma Rousseff no Senado é um indicativo de que ela não vai conseguir escapar ao afastamento definitivo do poder, no final deste mês.
Your browser doesn’t support HTML5
A maioria dos parlamentares mostrará mais uma vez o descontentamento com a gestão petista nos últimos anos.
Essa é a análise do Cientista Político Malco Camargos.
“Os erros que ela cometeu na política económica levaram a perda do apoio popular. Os erros na condução da política levaram a perda do apoio parlamentar. O resulta é esse. Ela está caminhando a passos céleres para sofrer o impeachment”, disse.
Por outro lado, Camargos também entende que a saída definitiva da presidente com o impeachment acaba de, certa forma, fortalecendo o Partido dos Trabalhadores.
O PT hoje tenta se reerguer às vésperas das eleições municipais em Outubro e também já se projecta para as eleições presidenciais em 2018.
“Sair de uma agenda principal - e era uma agenda muito negativa para o partido - está fazendo bem aos candidatos do partido", disse.
Ele explicou que interessa ao Partido dos Trabalhadores o quanto antes que esse processo se acabe para que ele possa se reorganizar.
"Não de cima para baixo, de Brasília para os estados e municípios, e sim de uma lógica contrária, dos municípios para os estados, e quem sabe novamente para a capital federal, ” ressalvou.
Nas ruas, a população divide as opiniões. Há quem defenda ou culpe a Presidente Dilma Rousseff, mas há de facto um pensamento comum. O Brasil passa por uma situação muito complicada, sobretudo na economia.
As famílias hoje têm dificuldades para conseguir se manter no dia a dia. Há muitos desempregados no país. Essa é a opinião da professora Rosa Maria.
“Se a Presidente está sendo julgada, hoje, não sabemos se ela é culpada ou não. O problema é que nós brasileiros estamos passando muitas dificuldades (...) eles que resolvam isso por lá", diz Maria.