O Ministério da Defesa britânico afirmou no sábado, na sua atualização diária dos serviços secretos, que o afastamento do Major Ivan Popov do exército russo é "notável" porque foi "aparentemente despedido por ter manifestado preocupações e não por um alegado mau desempenho".
Num vídeo vazado, Popov acusou o Ministério da Defesa russo de "nos atacar pela retaguarda, decapitando cruelmente o Exército no momento mais difícil e intenso".
O Ministério da Defesa britânico disse que o descontentamento dos oficiais russos com as forças armadas russas "ecoa em grande parte as declarações feitas pelo líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, antes do seu motim de junho de 2023".
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse no seu discurso diário de sábado que "as forças russas nas nossas terras do sul e do leste estão a investir tudo o que podem para parar os nossos guerreiros".
"Todos os que vão para a ofensiva, todos os que repelem os ataques inimigos, estão a fazer um excelente trabalho, e estou grato a cada um dos nossos guerreiros."
Zelenskyy disse também que o governo ucraniano "ainda não terminou" o seu esforço para obter apoio internacional.
"Não vamos reduzir a nossa atividade internacional nem por um único dia, em particular no que diz respeito à Fórmula de Paz, às garantias de segurança para a Ucrânia a caminho da NATO e aos acordos com parceiros sobre armas para a Ucrânia e sanções contra a Rússia. Estamos também a preparar novas decisões do CDN sobre sanções".
Entretanto, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, continua à espera de uma resposta do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre uma proposta de extensão de um acordo que permite a passagem segura das exportações de cereais da Ucrânia através do corredor do Mar Negro.
Na sexta-feira, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, instou a Rússia a prolongar o acordo sobre os cereais do Mar Negro, que expira na segunda-feira.