Uma disputa de terras nos arredores de Luanda resultou em confrontos entre camponesas e unidades policiais e um advogado que se encontrava presente quando se deram os confrontos foi preso pela polícia.
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O incidente ocorreu num terreno em litígio no bairro Patriota e o advogado Sebastião Assurreira está detido desde as 12 horas da segunda-feira, 3, na unidade policial do Talatona.
O advogado acusa o comandante provincial de Luanda, Eduardo Cerqueira, de ordenar a sua detenção e acrescenta que um advogado que trabalha para o antigo secretário geral do MPLA, Julião Mateus Paulo, general “Dino Matross”, participou da elaboração da acusação para o seu julgameno sumário
Cerqueira nega estar por trás da detenção e Dino Matross também refutou recentemente estar envolvido em qualquer negócio de venda de terrenos naquela zona
Em conversa com a a VOA a partir da unidade policial em Talatona, Sebastião Assurreira disse ter sido agreddido “pelo chefe da fiscalização”, sem que a polícia no local tenha intervido e foi depois levado para a esquadra “porque pensavem que eu estava a fazer vídeo daquilo que estava a acontecer”.
Na esquadra, segundo o advogado, ele foi informadode que não podia retirar-se do local “até segundas ordens do comandante provincial Cerqueira”.
Assurreira acrescentou que depois “apareceu o advogado do (antigo secretário geral do MPLA) Dino Matross e, juntamente com o inspector Rodrigues, elaboraram o auto para julgamento sumário por incitamento à violência”
O advogado disse que acusação afirma ainda que ele desviou três contentores e “formou uma quadrilha de ladrões”.
O comandante Cerqueira negou veementemente estar envolvido na questão.
“Há um processo instaurado e a minha resposta é que o processo instaurado está a decorrer os seus trâmites e está a ser fiscalizado pela Procuradoria Geral da República”, disse.
Por outro lado, o antigo secretário geral do MPLA Dino Matross negou recentemente estar envolvido em negócios da compra de terrenos naquela zona como alegado em diversos orgãos de informação e afirmou que essas alegações foram feitas por “difamadores”.