O advogado de defesa de vários dos 17 activistas que estão a ser julgados por acto de rebelião e de prepararem um golpe de Estado em Angola Luís de Nascimento responsabiliza o juiz pela repetida não comparência de mais de 50 testemunhas ao tribunal.
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Nesta segunda-feira, e como aconteceu a 11 de Janeiro, nenhum dos declarantes compareceu ao tribunal, obrigando o juiz Januário Domingos José a adiar a sessão para amanhã.
Luís Nascimento diz que o adiamento de hoje foi inesperado porque nem mesmo a sessão foi aberta, o que impediu a defesa de questionar a identidade dos declarantes notificados.
O advogado afirma desconhecer se o suposto autor do vídeo usado pela acusação, Agatão Camati, terá sido notificado.
“Não sei, sinceramente não sei e é segunda vez que vamos ao julgamento contamos com declarantes e não aparecem”, denunciou.
Quanto às consequências, o advogado não acredita que os cidadãos que não atenderam à convocação do tribunal fiquem impunes.
“Não acredito que as ordens dos tribunais sejam simplesmente ignoradas, a questão que me coloco é se foram mesmo notificados ou não”, questionou Nascimento.
De recordar que, entre os declarantes, estão os membros do suposto Governo de Salvação Nacional, divulgado nas redes sociais, e que tem como presidente José Julino Kalupeteca, que está a ser julgado no Huambo.