O administrador municipal da Baía Farta, na província angolana de Benguela, José Ferreira, foi constituído arguido num processo em que é acusado de apropriação de fundos públicos e de um imóvel do Estado, soube a VOA nesta terça-feira, 29, um dia após o último interrogatório na PGR.
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Segundo fonte da Investigação Criminal, a contratação pública, para obras em vários pontos do município,terá dado lugar a esquemas que alimentam suspeitas de desvios de fundos do erário através da sobrefaturação.
Noutro ponto do processo, já confirmado por fonte da Procuradoria-geral da República, José Ferreira, há três anos no cargo, surge como tendo colocado em seu nome um bem da habitação, a casa onde reside actualmente.
Para além dos casos de peculato e abuso de poder, o também secretário do MPLA é associado a uma alegadatentativa de desvio de dez milhões de Kwanzas doados para apoiar o combate à COVID-19, a pandemia que deixou em colapso o sistema de saúde, com escassez de camas e pressão em unidades hospitalares.
O VOA não conseguiu ouvir o doador, o empresário Rui Vaz, mas o advogado de Ferreira, José Faria, acredita que o assunto não tenha pernas para andar, uma vez que, como garante, o montante está no Tesouro Nacional.
Sem entrevista gravada, o administrador da Baía Farta assume que esteve na PGR, para tratar de outros assuntos, e salienta que desconhece tais informações.
José Ferreira sucedeu no cargo a Maria João, igualmente a contas com a justiça por suspeitas de corrupção.
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