Os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil decidiram por unanimidade nesta terça-feira, 4, adiar o julgamento da candidatura à Presidência Dilma Roussef-Michel Temer em 2015 e reabrir a etapa de recolha de provas, autorizar depoimentos de novas testemunhas e conceder um prazo adicional de cinco dias para as alegações finais das defesas.
Com isso, após uma hora e 45 minutos de sessão, o julgamento da ação que pede a cassação da candidatura foi suspenso e poderá ser retomado somente em maio.
O pedido de mais prazo foi formulado no início do julgamento pelo advogado Flávio Caetano, que defende a antiga Presidente Dilma Rousseff.
A defesa quer analisar melhor as provas apresentadas por ex-dirigentes da Odebrecht e entregar novas alegações finais.
O julgamento é motivado por uma acção movida em 2014 pelo directório nacional do PSDB e pela coligação Muda Brasil, encabeçada na última eleição presidencial pelo senador Aécio Neves e pelo actual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, ambos do PSDB-SP.
Na acção apresentada à Justiça eleitoral em dezembro de 2014 – dois meses depois da derrota nas urnas –, o PSDB acusou a dupla Dilma-Temer de ter cometido abuso de poder político e económico, de ter recebido dinheiro de luvas do esquema de corrupção que actuava na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Actualmente, o PSDB integra o Governo Temer, no qual detém quatro ministérios.