Adalberto Costa Júnior espera que luta contra a corrupção não seja uma "gincana de escolhas"

  • Teodoro Albano

Adalberto Costa Júnior

Líder parlamentar da UNITA afirma que comunidade internacional exigiu a Angola o combate à corrupção

O líder da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse no Lubango esperar que o combate à corrupção levado a cabo pelo Governo se transforme numa divisa de todas as instituições.

Para o deputado, é importante que o futuro venha a confirmar que esta frente contra a corrupção não é apenas instrumental, mas seja uma convicção do governo.

Adalberto Costa Júnior não tem dúvidas que esta correria da justiça nunca antes vista é uma consequência da exigência da comunidade internacional.

"Isto foi uma exigência da comunidade internacional, quero lhe dizer que o Presidente João Lourenço quando chegou a Alemanha, a Alemanha disse `que não, não estamos satisfeitos, Angola fala mas não faz não age o senhor tem que provar que o combate à corrupção tem medidas práticas na prisão de muita gente que roubou`, portanto foi-lhe exigido na Alemanha em França nos Estados Unidos. Nós sabemos que a China é um dos poucos países que não liga às referências da boa governação, mas eu penso que começa a ter também algum cuidado com esta questão. Eu gostaria que ele começasse a ter convicções. Nós já ouvíamos muita gente dizer que a democracia não enche a barriga", disse Costa Júnior.

O parlamentar pede que os processos que começaram a ser levantados na justiça cheguem aos que designou de “grandes assaltantes” do erário público.

"Nós estamos a ver alguns processos a serem formatados ainda bem. Mas era bom que os maiores que não foram tocados os maiores desviadores do erário os grandes assaltantes do erário público e actores também seja atingidos. Porque há muita que está aí sombra e que não seja este uma gincana de escolhas, seja a lei a ser aplicada da mesma forma para todos. Toda gente sabe que há uns nomes muito sonantes que não foram tocados", defendeu Adalberto Costa Júnior, lembrando, entretanto, que o combate à corrupção está longe dos efeitos ambicionados pela população e cita como exemplo os actuais indicadores sociais que considerou “péssimos”.