Os seis activistas detidos no Cafunfo, na província da Lunda Norte, foram vistos por um enviado das autoridades tradicionais, entre eles um que foi levado, enquanto ministrava uma formação do Movimento Protectorado das Lundas Tchokwe, cujo paradeiro a polícia disse desconhecer.
A informação foi prestada hoje pelo soberano Muandumba Cambaguxi, em representação das autoridades tradicionais da Lunda Tchokwe, que estão reunidas em Cafunfo.
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O secretário de quadros do Movimento Protectorado das Lundas Tchokwe, António Castro Cassongo, sobre o qual a polícia disse desconhecer o paradeiro, terá sido brutalmente torturado e os demais cinco apresentam graves ferimentos provocados por material cortantes, disse uma fonte do encontro das autoridades tradicionais que estão reunidas.
Elsa Cassongo, filha do activista, diz respirar agora de alívio com o reaparecimento do pai e agradece "em nome da família a todos que se envolveram directa ou indirectamente nesta causa dos direitos humanos".
O “Muanangana” Capenda Camulemba diz que a caução de 25 mil kwanzas pedida pela Procuradoria Municipal do Cuango para a soltura dos activistas “é brincadeira de mau gosto”.
Muacapenda vai mais longe e avisa que “se os activistas não forem libertos, as autoridadesvão se contentar com a revolta deste povo cansado de maus-tratos do executivo angolano”.
O presidente do Movimento, José Mateus Zecamutchima diz estar a encetar contactos com a Associação Mãos Livres” para uma eventual acção judicial contra os agentes do Estados que“detiveram e torturaram os activistas”.