Os cerca de dez ativistas presos na manhã sábado, 20 de Março, no Uíge, durante uma manifestação contra o Governo angolano, já em encontram em liberdade, mas dizem que foram torturados pela Policia de Intervenção Rápida (PIR).
Veja Também Angola: Activistas detidos em manifestação no Uíge“Foram dois agentes, que me agrediram. Estavam a bater-me com paus e pontapés”, disse após a soltura, cerca das 18 horas do mesmo dia, David Salé, o manifestante que terá sofrido mais agressão.
“Reconheci dois deles; outro foi o comandante Popozudo”, acrescentou Salé, mostrando o seu olho inflamado.
Entre os activistas em liberdade estão Jorge Kisseque, do Uíge; Nito Alves, Mulaza e Mutu Muxima, de Luanda.
Entrevistado pela VOA, Nito Alves, considerou positivo o balanço da manifestação, apesar de existir de muito trabalho para mobilizar cidadãos “para nós sairmos em massa”.
“Mostramos ao governador do Uíge e a sociedade civil que nós sempre lutamos pelo bem-estar da população”, disse Alves, que condenou a attitude agressiva da polícia.
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