Um grupo de activistas angolanos criou esta semana uma Associação dos Presos Políticos de Angola cujo objectivo é intervir a nível nacional e internacional em defesa desses presos.
Ao mesmo tempo os activistas afirmam-se particularmente preocupados com a situação em Cabinda afirmando que é preciso devolver dignidade ao povo de desse território.
O porta voz da associação Filomeno Vieira Lopes descreve um quadro preocupante de repressão e de arbitrariedades contra os defensores dos direitos humanos no enclave de Cabinda.
Vieira Lopes disse que a organização iniciou as suas actividades com um “abaixo-assinado” sobre a situação em Cabinda, documentos esse que foi entregue a todos os partidos políticos incluindo o MPLA.
Uma delegação esteve em Cabinda onde se avistou com na prisão com José Mauvungo, um activista preso em Março, tendo falado também com o procurador e familiares de “presos políticos e ex presos políticos”.
Filomeno Vieira Lopes classificou a prisão de Mavungo e de outros de “arbitrária e sem mandado de captura” e acusou as autoridades de “estarem á procura” de provas para condenar ao activista
Para os activistas as autoridades angolanas em Cabinda estão a incentivar o espirito separatista generalizado, através de práticas de tortura e de repressão contra todos os cidadãos com ideias contrárias e reformistas.
António Tunga Alberto do Fórum das organizações dos Direitos Humanos a situação política em Angola tem revelado sinais preocupantes sobretudo no que diz respeito á violação das liberdades fundamentais.
Por seu turno o activista João Castro Freedom, da Liga internacional dos Direitos Humanos, disse que a situação de Cabinda só pode ser resolvida pelo diálogo, afirmando que se Cabinda é território nacional ”os nossos compatriotas de Cabinda têm os mesmo direitos e liberdades”.
Ouça as declarações dos três activistas aqui:
Your browser doesn’t support HTML5