Activistas angolanos preparam para o sábado, 28,uma marcha que denominam "pela justiça e liberdade" em Luanda, para pedir a libertação de presos que consideram ser políticos.
Tanasce Neutro, Luther King, Pastor José Julino Calupeteca e o líder chefe do auto-denominado Movimento Protectorado Lunda-Cokwe, José Domingos Mateus “Zeca Mutchima” são alguns dos presos citados no recente relatório sobre os direitos humanos no mundo pela organização não governamental Human Rights Watch.
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Na segunda-feira, 16, a organização Friends of Angola, com sede em Washington, escreveu uma carta ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, e a parlamentares denunciando a existência de "presos políticos" em Angola.
Osvaldo Caholo, um dos organizadores do protesto, diz que a comunidade internacional fechou os olhos aos presos políticos em Angola e por isso, é necessário "que os angolanos lutem pela sua liberdade".
O jurista Manuel Cangundo afirma que as denúncias "não surpreendem a ninguém no paí", enquanto o advogado Agostinho Canando entende que a brutalidade contra os manifestantes "só se justifica com a falta de interesse republicano dos integrantes do Governo angolano".
O recente relatório da Human Rights Watch constatou que as forças de segurança usaram, no ano passado, força excessiva, intimidaram e detiveram de forma arbitrária manifestantes pacíficos, sem que tenham sido responsabilizadas, e que a liberdade de imprensa ser várias vezes atacada.
O documento publicado na quinta-feira, 12, afirma que “as forças de segurança do Estado angolano estiveram implicadas em graves violações dos direitos humanos abusos, incluindo uso excessivo e desnecessário da força contra manifestantes pacíficos, bem como intimidação e detenções arbitrárias de activistas”.