Os activistas detidos na cadeia de São Paulo pedem em carta tornada pública para a população angolana perdoar o Presidente José Eduardo dos Santos pela situação carcerária em que se encontram.
Os activistas dizem que já “fomos condenados publicamente pelo regime de José Eduardo dos Santos”, mas, mesmo assim, dizem não odiarem "o Presidente da República nem aqueles que executaram a trama urdida contra nós".
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"O perdão é o melhor caminho” lê-se na carta subscrita por Nuno Álvaro Dala com o consenso dos 13 activistas detidos do Hospital-Prisão de São Paulo.
Albano Bingobingo, por exemplo, está com graves infeções pulmonares e sem assistência médica e muitos deles dizem ter sido torturados.
As visitas são restringidas, como disse à VOA Fenando Baptista, pai de Nito Alves.
Entretanto, o secretário do MPLA para Mobilização Urbana em Luanda, Bento dos Santos “Kangamba” reage e afirma que José Eduardo dos Santos não tem nada a ver com o caso dos 15 activistas, "mas sim com a justiça”.
O general e membro do Comité Central garante também que o caso em nada vai sujar a imagem do Governo fora ou dentro do país, e acusa a oposição "de se aproveitar as acções dos jovens para fazer espetáculo".
Kangamba considera ainda que este caso deve servir de exemplo para que as famílias não deixem os seus filhos entrarem na política muito cedo.
Recorde-se que o caso dos activistas tem chamado a atenção da opinião pública nacional e internacional.
O julgamento dos mesmos está marcado para decorrer de 16 a 20 de Novembro.