Representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe discutem problemáticas em comum do ensino superior.
Ministros da educação, pesquisadores e reitores de universidades dos países de língua portuguesa estão reunidos esta semana no Brasil, em Minas Gerais, para discutir o papel da educação na cooperação e no desenvolvimento dessas nações. O 23º Encontro da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) reúne cerca de 400 pessoas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
Representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe discutem problemáticas em comum do ensino superior, o intercâmbio e as parcerias na área da educação na comunidade que fala português.
Para o anfitrião do evento, reitor da UFMG e ex-presidente da AULP, Clélio Campolina, esse é o momento para ampliar as relações com os países coirmãos.
“O que esperamos é colocar a comunidade em contato. Não há no mundo acadêmico nenhum resultado de sucesso se não houver integração entre as comunidades. Não adianta assinar papéis, não adianta ter projetos aprovados se você não consegue identificar as parcerias e criar uma relação de confiança. Essa é a nossa intenção”, afirma.
O reitor admite que, para o Brasil, encontros como este – em Belo Horizonte - são estratégicos, no momento em que a economia mundial passa por reestruturações. As mudanças em curso oferecerem ao Brasil a oportunidade de conseguir uma posição melhor no cenário internacional e, nesse contexto, a importância geopolítica da África não pode ser desconsiderada.
Um anúncio prático do encontro tem relação com essa consciência da importância de entendimento e relacionamento mais profundo com a África. Será lançado, durante o evento, o Centro de Estudos Africanos, com sede na Universidade Federal de Minas Gerais.
Também deve ser discutida no evento a recente aprovação, pelo Ministério da Educação brasileiro, do financiamento de 45 projetos de universidades do Brasil que vão investir na melhoria do ensino superior na África. A iniciativa foi uma parceria entre a AULP e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do ministério da educação do Brasil. De prático, do encontro em Minas Gerais devem sair, ainda, os detalhes do projeto de construção de uma universidade em São Tomé e Príncipe, que pode priorizar cursos na área da saúde e da engenharia. A Universidade Federal de Minas Gerais ficará a frente da iniciativa. Clélio Campolina explica que, aqui em Belo Horizonte, será iniciada a parte mais importante desse desafio: ouvir os representantes do país africano.
“Nós vamos discutir com eles quais são as áreas prioritárias. Vamos mandar uma missão a São Tomé e Príncipe para fazer uma avaliação em loco das condições de instalação da Universidade, para conversar com os professores e com membros do governo. Queremos ouvi-los porque a gente tem que respeitar as prioridades e as necessidades deles. Tentar construir de forma conjunta, sem imposição”, explica.
“Estabelecidas às bases da construção física da Universidade, as áreas prioritárias, número de professores necessários e outras prioridades vamos fazer o orçamento e, aí vem a discussão política de quem vai financiar”, completa o reitor.
Campolina explica que o projeto não deve e envolver só professores da UFMG. “Pode ser de outras partes do Brasil, de outras partes do mundo: Portugal, Angola, Moçambique, que tem uma estrutura universitária mais desenvolvida. Pode ser um programa de treinamento para capacitação de professores na fase inicial, um programa de professores visitantes por um tempo, tudo isso a gente tem que discutir”.
O evento em Belo Horizonte, de acordo com organizadores, pode ser também um momento para críticas. O reitor lembra que o espaço da universidade é de manifestação livre, e que seguramente serão feitas várias avaliações. Na opinião dele, certamente surgirão críticas à presença de empresas brasileiras na África e será uma ótima oportunidade para que seja debatida qual deve ser a postura do Brasil em relação à presença das suas empresas em outros continentes.
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Para o anfitrião do evento, reitor da UFMG e ex-presidente da AULP, Clélio Campolina, esse é o momento para ampliar as relações com os países coirmãos.
“O que esperamos é colocar a comunidade em contato. Não há no mundo acadêmico nenhum resultado de sucesso se não houver integração entre as comunidades. Não adianta assinar papéis, não adianta ter projetos aprovados se você não consegue identificar as parcerias e criar uma relação de confiança. Essa é a nossa intenção”, afirma.
O reitor admite que, para o Brasil, encontros como este – em Belo Horizonte - são estratégicos, no momento em que a economia mundial passa por reestruturações. As mudanças em curso oferecerem ao Brasil a oportunidade de conseguir uma posição melhor no cenário internacional e, nesse contexto, a importância geopolítica da África não pode ser desconsiderada.
Um anúncio prático do encontro tem relação com essa consciência da importância de entendimento e relacionamento mais profundo com a África. Será lançado, durante o evento, o Centro de Estudos Africanos, com sede na Universidade Federal de Minas Gerais.
Também deve ser discutida no evento a recente aprovação, pelo Ministério da Educação brasileiro, do financiamento de 45 projetos de universidades do Brasil que vão investir na melhoria do ensino superior na África. A iniciativa foi uma parceria entre a AULP e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do ministério da educação do Brasil. De prático, do encontro em Minas Gerais devem sair, ainda, os detalhes do projeto de construção de uma universidade em São Tomé e Príncipe, que pode priorizar cursos na área da saúde e da engenharia. A Universidade Federal de Minas Gerais ficará a frente da iniciativa. Clélio Campolina explica que, aqui em Belo Horizonte, será iniciada a parte mais importante desse desafio: ouvir os representantes do país africano.
“Nós vamos discutir com eles quais são as áreas prioritárias. Vamos mandar uma missão a São Tomé e Príncipe para fazer uma avaliação em loco das condições de instalação da Universidade, para conversar com os professores e com membros do governo. Queremos ouvi-los porque a gente tem que respeitar as prioridades e as necessidades deles. Tentar construir de forma conjunta, sem imposição”, explica.
“Estabelecidas às bases da construção física da Universidade, as áreas prioritárias, número de professores necessários e outras prioridades vamos fazer o orçamento e, aí vem a discussão política de quem vai financiar”, completa o reitor.
Campolina explica que o projeto não deve e envolver só professores da UFMG. “Pode ser de outras partes do Brasil, de outras partes do mundo: Portugal, Angola, Moçambique, que tem uma estrutura universitária mais desenvolvida. Pode ser um programa de treinamento para capacitação de professores na fase inicial, um programa de professores visitantes por um tempo, tudo isso a gente tem que discutir”.
O evento em Belo Horizonte, de acordo com organizadores, pode ser também um momento para críticas. O reitor lembra que o espaço da universidade é de manifestação livre, e que seguramente serão feitas várias avaliações. Na opinião dele, certamente surgirão críticas à presença de empresas brasileiras na África e será uma ótima oportunidade para que seja debatida qual deve ser a postura do Brasil em relação à presença das suas empresas em outros continentes.