Abel Chivukuvuku deixa Parlamento e defende que a Frente Patriótica Unida se transforme numa coligação

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Abel Chivukuvuku, coordenador do PRA-JA Servir Angola, toma posse no Conselho da República, Luanda, 18 outubro 2024

Sete deputados afetos ao PRA-JA deixaram a bancada parlamentar da UNITA por imposição legal

Sete deputados da bancada da UNITA, na oposição em Angola, que integram o recém-legalizado partido PRA-JA Servir Angola pediram na quarta-feira, 16, a suspensão dos seus mandatos à presidente da Assembleia Nacional.

Entre o grupo está o antigo candidato à vice-presidência de Angola e líder do partido Abel Chivukuvuku, quem reiterou que essa "imposição legal" não tem qualquer ligação com a participação do partido na Frente Patriótica Unida (FPU), que, segundo ele, deve ser reforçada e reformulada do ponto de vista legal, transformando-se uma coligação.

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Após a legalização do PRA-JA - Servir Angola, Chivukuvuku já tinha dito que quem quisesse integrar os órgãos do partido teria de deixar o Parlamento.

O Secretariado Nacional para Comunicação e Marketing do PRA-JA, justificou a decisão com a legislação vigente, que proíbe que um deputado eleito numa lista, filie-se a outro partido diferente daquele que o elegeu.

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Nesta quinta-feira, 16, depois de apresentar os cumprimentos de despedida no Parlamento, Chivukuvuku reiterou essa imposição legal e sublinhou que "ninguém foi obrigado a nada, ninguém foi coagido, al ógica foi quem quer ficar nos órgãos do PRA-JA sai do Parlamento, quem quer ficar no Parlamento fica, mas não vai para os órgãos do PRA-JA".

Neste último caso, estão cinco deputados indicados por aquele partido que continuam no grupo parlamentar da UNITA.

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Quanto ao futuro da FPU, integrada também pela UNITA e pelo Bloco Democrático (BD), Abel Chivukuvuku disse que "primeiro somos PRA-JA e também pertencemos à Frente Patriótica Unida".

Quanto à sua presença na Frente, o líder do PRA-JA reiterou que a sua posição está assente em quatro pilares.

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"Manter a Frente Patriótica Unida, reforçar, reformular e se necessário alargar", afirmou Chivukuvuku que, na conversa com os jornalistas, explicou o pilar "reformular".

"A Frente Patriótica não pode ser só uma ideia, uma visão, tem de ser um exercício formal, na verdade, uma coligação formal, portanto, nós mantemos discussões, mantemos conversa, temos trabalho conjunto (...) , o conceito de reformulação tem a ver com dar à Frente Patriótica um estatuto legal", explicou Chivukuvuku quem advertiu que há encontrar uma solução porque, caso contrário, o Bloco Democrático não pode concorrer conosco e seria automaticamente extinto".

O congresso do PRA-JA, ainda segundo o seu coordenador, acontecerá no primeiro semestre de 2026 e a campanha eleitoral para as legislativas de 2027 começará no segundo semestre do próximo ano.