Quando a Guiné-Bissau celebra os 50 anos da declaração da Independência Nacional, a música emerge como um elemento aglutinador da nação e um cartão de identidade do país.
Nesse percurso, num país rico em géneros musicais, muitos são os compositores, cantores, instrumentistas, tocadores, grupos que deixaram o seu rasto nesse meio século de vida da Guiné-Bissau.
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Mas antes do 24 de setembro de 1973, dia da declaração unilateral da Independência, um grupo de crianças e adolescentes que decidiram formar uma banda, quando frequentavam os Escuteiros, organização ligada à Igreja Católica, deu corpo àquele que é um dos símbolos da música guineense: Super Mama Djombo.
“Orquestra do povo”, como passou a ser conhecida, a banda atribuiu o seu nome a uma divindade sobrenatural da cultura do animismo guineense, Djombo, que, segundo a tradição, habita o santuário na localidade de Cobiana, no norte da Guiné-Bissau.
Com digressões por todo o mundo, especialmente no continente africano, quatro discos em vinil e três cds de originais e um desfile de grandes músicos nessas cinco décadas, a banda destacou-se também pelo seu forte intervencionismo político e social no país, depois da Independência Nacional.
Para assinalar a efeméride, a Voz da América falou com o baterista e um dos fundadores do Super Mama Djombo, Zé Manel Fortes, que também tem uma carreira a solo.
Ele abordou a origem e as “aventuras” do grupo, “um património da Guiné-Bissau” e falou sobre a música do país que, para ele, está no centro da identidade do guineense.
“A cultura é que une os guineenses”, afirmou.
Acompanhe o programa Artes, da Voz da América:
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