Entrega urgente de alimentos, de agua e suprimentos médicos  - 2004-12-31

Responsáveis pela assistência estão a trabalhar no sentido da entrega urgente de alimentos, de agua e suprimentos médicos a zonas do sul da Ásia fortemente afectadas pelo abalo de terra e maremoto do domingo passado.

A maior operação de emergência da historia aumenta de intensidade há medida que sobe drasticamente o numero das vitimas.

O numero das vitimas continua a aumentar e diminui a esperança para os milhares de desaparecidos, e isto enquanto e cada vez maior, na região, a presença das agencias de ajuda humanitária e do seu pessoal.

Uma dúzia de nações na região do Oceano Indico foi afectada pelo tremor de terra de grau nove e dos maremotos que se seguiram.

O porta voz da UNICEF, na Indonésia, John BUDD, referiu que os primeiros carregamentos chegaram a Indonésia hoje sexta feira, estando a ser canalizado para a província nortenha de ACEH, a mais fortemente atingida.

John Budd precisou que a avaliação feita pelas equipas especializadas e de total colapso da infra-estrutura naquela região da Indonésia, não existindo combustível, não existindo alimentos e um numero muito reduzido de meios de transporte.

Cerca de meio milhão de pessoas sem abrigo estão extremamente vulneráveis no norte da ilha indonésia de Samatra, segundo o porta-voz da UNICEF, que traçou um quadro alarmante da situação sanitária na região.

“... cerca de 900 mil crianças - entre os seis meses e os 15 anos - estão vulneráveis em Aceh, em particular em Banda Aceh, por razões de saúde, de falta de alimentos, de traumatismos, de separações ou porque são órfãos.”

Segundo Budd, no plano sanitário a situação é tenebrosa ... os ferimentos não tratados causam problemas pois mesmo benignos, se não forem tratados, os riscos de morte tornam-se elevados.

Cem mil pessoas podem ter morrido no norte da ilha indonésia de Samatra devido ao sismo seguido de ondas gigantes, no domingo, de acordo com um responsável do ministério da saúde indonésio.

O balanço dos mortos nas províncias de Aceh e no norte de Samatra pode elevar-se aos 100 mil, enquanto o último balanço das autoridades indonésias emitido na quinta-feira à tarde apontava para 79.940 mortos confirmados, apenas naquele país.

Por toda a Ásia, os tradicionais festejos de Ano Novo foram cancelados, sendo substituídos por serviços para evocar as mais de 124 mil pessoas mortas.

Na Austrália, por exemplo, os organizadores decidiram transformar as celebrações em gigantescos encontros de angariação de fundos e permitir assim contribuir para aqueles que sobreviveram à onda de devastação.