Na agenda da cimeira de dois dias esteve a forma de como resolver as diferenças de relacionamento entre as nações da região.
Um porta voz do ministério dos estrangeiros sudanes, Abdel Gaffar, afirmou a Voz da América, que o presidente iemenita efectuou conversações sobre a forma de como resolver as tensões entre o Sudão, a Eritréia e a Etiópia.
“Existe uma iniciativa para normalizar as relações entre o Sudão e a Eritréia, por um lado, e entre a Etiópia e a Eritréia, por outro. Este foi um tema discutido, em reunião privada, entre os três chefes de estado e dos governos”.
O Sudão acusa a Eritréia de apoiar e dar abrigo os grupos rebeldes sudaneses, enquanto a Eritréia sustenta que o Sudão tenta exportar o fundamentalismo islâmico para a Eritréia. A Etiópia e a Eritréia ainda estão num impasse quanto à localização exacta da fronteira, que foi a causa de uma guerra brutal entre os dois países registada há alguns.
Gaffar afirmou que o Sudão e a Etiópia apoiam as iniciativas de paz do presidente do Iemen e do grupo de Saana.
Esta foi a terceira cimeira do Grupo de Saana do Mar Vermelho e das Nações do Corno de África, que integram o Iemen, a Etiópia, e o Sudão. O Iemen deu inicio, há dois anos, ao grupo para obter estabilidade e cooperação política e económica a região.
Durante a cimeira os três dirigentes assinaram cinco memorandos de entendimento sobre assuntos políticos, económicos e de segurança, tendo Gaffar explicado que se destinam ao combate ao terrorismo e ao controle do comercio ilegal através das fronteiras.
Na cimeira, o presidente iemenita, Saleh, apelou a Eritréia, a Somália, e o Djibuti para se juntarem ao Grupo de Saana por forma a resolverem as tensões regionais e obterem a reconciliação e a paz.
O presidente somali, Yusuf Ahmed foi convidado para a cimeira, tendo sido debatida a situação de segurança na Somália e o regresso do governo ao país.