No decorrer de uma conferencia de imprensa em Bagdade, Allawi indicou que os rebeldes nas localidades de Fallujah e de Ramadi não estão interessados numa solução pacifica.
Allawi referiu a imposição de um recolher obrigatório em Fallujah a partir das seis horas da tarde desta segunda feira, ficando as ruas encerradas a excepção dos veículos de emergência.
As medidas de excepção incluem o encerramento da totalidade dos edifícios públicos excepto os hospitais e as estações de bombeiros.
Allawi não precisou a duração destas medidas, mas ontem o governo iraquiano tinha decretado o estado de emergência por um período de 60 dias.
O primeiro ministro anunciou igualmente o encerramento das fronteiras com a Síria e a Jordânia e que o aeroporto de Bagdade ficara encerrado ao trafego civil durante 48 horas.
Anteriormente alguns dos doze mil militares dos Estados Unidos e das forças iraquianas que cercam Fallujah iniciaram a tão anunciada ofensiva, capturando um hospital e duas pontes.
Durante a operação contra o hospital as forças iraquianas capturaram 38 pessoas, incluindo quatro estrangeiros.
Allawi precisou que os detidos encontravam-se estacionados no hospital para realizar acções terroristas.
Os comandantes militares norte americanos referem estar a enfrentar cerca de seis mil combatentes, alguns elementos leais a Saddam Hussein, alguns seguidores do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, e que poderá ser necessário combate-los de casa a casa.
O ataque a Fallujah destina-se a recuperar o controle de uma área e enfraquecer a rebelião antes das planeadas eleições iraquianas de Janeiro.
A cidade tem estado, nos últimos dias sob bombardeamento e fogo de artilharia, tendo a maioria da população civil abandonado a zona.