Uma delegação do Conselho de Segurança das Nações Unidas aumentou a pressão no sentido da apresentação do antigo presidente liberiano, Charles Taylor, pelo papel desempenhado na guerra civil da Serra Leoa.
Durante uma digressão de oito dias pelo ocidente africano destinada a promover a estabilidade e o dialogo na região, o embaixador britânico Jones Parry, afirmou que Taylor não deve ser autorizado a viver no exílio e evitar as acusações de crimes de guerra.
Parry fez esta declaração durante uma breve escala na Libéria, encontrando-se a delegação da ONU na Serra Leoa, para visitar a Nigéria na próxima segunda feira.
Taylor tem sido acusado de crimes de guerra pelo tribunal especial na Serra Leoa, vivendo agora exilado na Nigéria, onde lhe foi concedido asilo em Agosto do ano passado.
A Nigéria sustenta ter concedido asilo a Taylor para que fosse possível por termo a guerra civil na Libéria, e tem recusado entrega-lo para julgamento.
A Nigéria tem sido pressionada por alguns governos africanos, incluindo a Libéria, para que não entregue Taylor, ate que o processo de paz na Libéria seja consolidado.
O director para a África Ocidental do Grupo Crise Internacional indica que ainda que existam considerações de direitos humanos para obter a presença de Taylor perante a justiça, existem igualmente razoes diplomáticas para a manutenção do asilo, entre elas a promessa feita pela Nigéria a Taylor ... de impunidade.
O tribunal da Serra Leoa, apoiado pela ONU, acusou formalmente Taylor em Junho do ano passado por ser altamente responsável na guerra civil, tendo desde então solicitado a sua detenção.
A acusação oficial acusa Taylor de armar e de treinar os rebeldes tendo recebido em troca diamantes.