O CICV, Comité Internacional da Cruz Vermelha juntou, nos primeiros cinco meses do ano em curso, 111 crianças aos seus parentes, na sequência do seu programa de reunificação familiar.
Para além dos dados relativos as crianças desaparecidas, existem ainda mais de 13 mil pedidos de informação sobre parentes com paradeiros desconhecidos. Segundo Olivier Moeckli, chefe da divisão de informação do CICV, a reunificação familiar é actualmente uma das actividades que tem um programa em implementação..
O fim do conflito armado em Angola reduziu a intervenção humanitária do CICV, nomeadamente na assistência aos deslocados e na transferência da tutela dos centros de saúde que estavam sob sua gestão para o MINSA, dentro de um certo “timming”.
“O prazo ainda é distante, mas pouco a pouco trabalhamos no sentido do MINSA assumir a responsabilidade completa destes centros mas isto não e previsto dentro dos proximos quatro a cinco anos”.
Neste capítulo, Olivier Moeckli garantiu que a gestão dos centros de fabrico de próteses também ficará sob os cuidados do governo angolano.
O funcionário do CICV em Angola admite que as autoridades angolanas venham a experimentar algumas dificuldades na gestão destes centros, mas sobre isto foram tomadas algumas medidas para manter o nível do serviço prestado ate aqui.
“Por isso e que nós pensamos ficar ainda alguns anos aqui para nos asseguramos de que o investimento feito até aqui não se venha a perder”.
Desde a abertura dos centros de fabrico de próteses no Bié, Huambo e Luanda, em 1979, o CICV já distribuiu estes instrumentos a mais de 30 mil pessoas e manteve uma capacidade de produção de duas mil e quinhentas pecas ortopédicas por ano.
O CICV realizou a última actividade de assistência humanitária aos deslocados de guerra em Novembro do ano passado.(EM)