O processo de democratização na Guine Bissau permanece frágil pelo que o pais continua a necessitar da ajuda da comunidade internacional, disse o Secretario Geral da ONU Kofi Annan.
Num relatório entregue ao Conselho de Segurança das Nações Unidas Annan historiou os progressos importantes registados na “restauração da ordem constitucional” no pais detalhando também as eleições, os seus resultados e as promessas dos novos lideres guineenses.
O documento afirma que “na generalidade a situação no pais permanece pacifica” mas avisa que “os desequilíbrios étnicos nas forças militares, os salários em atraso nas forças de segurança bem com as fracas condições nos quartéis e das infra-estruturas continuam a ser vista como potenciais factores de desestabilização”.
Annan diz que as novas autoridades guineenses “reconheceram” que a reorganização das forças armadas do pais “permanece uma das principais prioridades do pais”.
No seu relatório o secretario geral da ONU disse que a situação económica da Guine Bissau “permanece difícil” fazendo notar que “duas em cada três pessoas vivem na pobreza enquanto as finanças publicas do pais continuam a estar marcadas por severas limitações”.
O relatório revela que têm sido fracas as contribuições da comunidade internacional ao Fundo de Emergência de Administração Económica, , administrado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas e que tinha como objectivo “permitir ao governo recomeçar o fornecimento de serviços sociais e actividades chave da administração publica”.
O fundo, disse Annan, recebeu até agora contribuições totalizando “pouco mais” de quatro milhões de dólares dos 18 milhões e 300 mil doilares necessários.
O documento diz que os salários atrasos “continuam a ser um problema critico para o pais, especialmente tendo em conta que os rendimentos do estado tem sido muito aquém das projecções”.
Para Koffi Annan o processo de democratização na Guine Bissau permanece “frágil na sua totalidade“ e ”o pais continua a precisar do apoio da comunidade internacional para completar a transição para a ordem constitucional”.
O documento afirma que “O país tem também a falta de recursos para fortalecer a capacidade das instituições e estruturas do estado para resolver os profundos problemas estruturais do país,” Annan não propõe qualquer tipo de acção especifica para a Guine Bissau.
O relatório foi submetido de acordo com uma decisão do Conselho de Segurança que requer que seja informado dos desenvolvimentos no pais todos os seis meses.
O Conselho de Segurança deverá reunir-se na próxima Sexta Feira para analisar o relatório.