As denúncias feitas pela UNITA sobre alegados actos de intimidação e perseguição por parte de elementos afectos ao MPLA sobretudo no município de Chipindo antigo bastião do Galo Negro na província da Huíla foram dadas como infundadas.
A conclusão é de uma comissão de averiguação criada pelo governo da província que integrou ainda membros da UNITA e do MPLA. Perante sucessivas denúncias do Galo Negro viu-se o governo da Huíla viu-se obrigado a fazer uma investigação.
Os alegados actos de intimidação e espancamento dos militantes da UNITA , foram atribuídos a simpatizantes que entenderam retaliar abusos que teriam sofrido durante a guerra.
A conclusão da comissão de averiguação foi confirmada pela própria UNITA através do secretário para a organização e quadros Benjamim Kanuku que aponta também a ignorância da população relativamente ao processo político actual do país.
“Há uma certa ignorância pelo que se impõe um trabalho de educação cívica e moral das populações.”
Recorde-se que o município de Chipindo que foi palco de actos de intolerância política é a circunscrição da província que mais tempo esteve sobre a autoridade do Galo Negro num período aproximado de 14 anos.
A retirada da UNITA no espaço de 2000 a 2001 não terá deixado boas recordações aos que na altura ficaram e que procuram agora pagar pela mesma moeda através de acções de retaliação.
Ainda assim a UNITA na região já veio apelar aos órgãos da polícia a tomarem medidas de contenção aos elementos que procuram atacar as suas estruturas no interior da província.(TA)