A declaração dá ao governo federal nigeriano controlo sobre o estado do Planalto que há anos se debate com lutas étnicas.
O presidente Obasanjo, falando na rádio, disse ser altura para pôr cobro ao que descreveu como quase genocídio mútuo. Ele acusou o governador do estado do Planalto, Joshua Dariye, de ser incompetente, o que nas palavras do presidente encorajou as lutas.
Em substituição do governador foi nomeado o general na reforma Chris Ali.
A recente violência no estado do Planalto, na zona central nigeriana, começou no dia 2 de Maio, quando uma milícia cristã atacou e matou centenas de muçulmanos, na cidade de Yelwa. Os muçulmanos retaliaram, na semana passada, matado cristãos, acredita-se que na ordem das centenas.
Jean-Jacques Tshamala, porta-voz da Cruz Vermelha, diz ser difícil avaliar o número de pessoas afectadas pelos mais recentes ataques, porque elas simplesmente fugiram.
“Após estes ataques, as pessoas fugiram de Yelwa para outro estado. São deslocados internos. Foram feridos, pelo que é difícil dizer quantos são agora, nota Jean-Jacques Tshawala acrescentando ”nós com o material médico que temos podemos tratar cerca de 500 pessoas.”
Tshamala diz que muitos dos feridos fugiram para o vizinho estado de Nassarawa.
Desde 1999, recontros entre muçulmanos e cristãos nos estados centro e norte da Nigéria provocaram a morte de mais de 10 mil pessoas.