Estados Unidos criticam al-Jazeera - 2004-04-28

Os Estados Unidos intensificaram as criticas contra a rede de televisão árabe, al-Jazeera, sediada no Qatar, acusando a estação de utilizar reportagens inflamatórias e falsas, o que Washington sustenta tornou a situação no Iraque ainda mais perigosa.

O secretario de Estado norte americano, Colin Powell abordou a questão com o ministro dos estrangeiros do Qatar, o sheik Jassim al-Thani.

A administração Bush tem manifestado criticas contra a al-Jazeera, por entre outras coisas transmitir gravações não editadas de Osama bin Laden, e outras figuras terroristas apelando a ataques contra interesses dos Estados Unidos.

Agora Washington pressiona o Qatar, para que actue por forma a corresponder às preocupações norte americanas sobre o que os responsáveis denominam de “tendência para as reportagens inflamatórias e falsas sobre as operações militares americanas no Iraque”.

O secretario de Estado, Colin Powell afirmou aos jornalistas que as reportagens da al-Jazeera se encontram entre as questões difíceis que “perturbam” o bom relacionamento entre os dois países.

Powell sublinhou ter sido este tema de intenso debate na primeira sessão do dialogo estratégico entre representantes dos Estados Unidos e o Qatar.

Powell não descreveu as “preocupações dos Estados Unidos”, mas o porta voz do departamento de Estado, Richard Boucher indicou que responsáveis americanos em Bagdad documentaram - caso a caso – reportagens falsas e tendenciosas sobre operações militares dos Estados Unidos.

Boucher sublinhou não se tratar de uma questão de liberdade de imprensa e de liberdade de expressão, mas sim da repetida transmissão de reportagens falsas, erradas destinadas a tornar a vida, a situação mais tensa, e mais perigosa para os Americanos, os Iraquianos, para os Árabes e os outros povos que se encontram envolvidos no Iraque. Instado a dar exemplos específicos, Boucher citou duas reportagens da al-Jazeera no passado dia dois de Abril que indicou terem sido totalmente erradas – que as forcas dos Estados Unidos tinham usado bombas de fragmentação em Fallujah e Najaf e as crianças estavam a ser cortadas aos pedaços pelo fogo americano em Fallujah.

O porta-voz do departamento de Estado não especificou aquilo que os Estados Unidos esperam que as autoridades do Qatar realizem, limitando-se a indicar que tem um papel de responsabilidade pelas emissões e entendimento das preocupações norte americanas.