Importantes quantidades de bens alimentares destinados à assistência humanitária estão retidos nos portos de Luanda, Lobito e Namibe, alegadamente por não terem sido pagos os direitos alfandegários, disse a Voz da America o director interino do PAM, Oscar Sarroca.
Segundo o funcionário daquela agencia da ONU, a mercadoria composta de óleo vegetal e ervilhas é a única que o PAM poderia dispor para completar a cesta alimentar básica nos próximos dois meses.
As distribuições alimentares em curso no pais sofrem neste momento uma redução no teor calórico recomendado devido a este problema burocrático que o principal parceiro humanitário do Governo espera ver resolvido o mais rapidamente possível.
“É fundamental que o Governo, que já nos prometeu, possa ter a autorização de desalfandegar estas mercadorias o mais depressa possível. No caso do Lobito a situação está mais ou menos resolvida, mas no caso do Namibe há 200 toneladas de ervilhas que chegaram em Fevereiro”.
Preocupado com este caso administrativo que afecta o trabalho do PAM, Oscar Sarroca lamenta que os beneficiários de assistência humanitária vejam reduzido o teor calórico das próximas distribuições numa altura em que se verificam muitas dificuldades de circulação pelo mau estado das estradas pelas fortes chuvas que caem no interior do país.