Cheias em Angola e Moçambique Afectam Populações

As populações das comunas da Mupa e Evale município de Kuvelai na província do Cunene encontram-se sitiadas devido as fortes chuvas que se fazem sentir naquela região mais ao Sul de Angola.

Segundo o vice-ministro do interior para a protecção civil e bombeiros, Eugénio Laborinho, que abordou a situação, o quadro no Cunene é preocupante, havendo nas localidades referenciadas populares ao relento.

Segundo o governante, a província do Cunene constitui prioridade das autoridades que nesta altura se desdobram em esforços para acudir a situação de emergência.

Em Moçambique, as águas do rio Punguè transbordaram, quinta-feira, do seu leito, galgando uma extensão de aproximadamente três quilómetros da Estrada Nacional Número Seis que dá acesso à cidade da Beira.

De acordo com vários órgãos da imprensa moçambicana que cita informações da Direcção Nacional de Águas, as zonas baixas das vilas de Caia e Marromeu, na bacia do Zambeze e de Goonda, Grudja, Estaquinha e vila do Búzi, na bacia do Búzi, estão em risco de inundações. De quarta para quinta-feira as bacias do Búzi e do Zambeze registaram precipitação superior a 120 milímetros em Goonda e Caia, respectivamente, contribuindo para o aumento dos níveis hidrométricos.

Entretanto, há notícia da morte de uma pessoa vítima de ataque de crocodilo e outras em número não especificado foram atacadas por cobras no distrito do Búzi.

Com relação ao Púnguè, o delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) em Sofala, Belmiro Rodolfo, considerou que se o cenário se mantiver vai ser bastante complicada a circulação de viaturas. Acrescenta também a necessidade da tomada de medidas de precaução por parte dos automobilistas, uma vez que o trânsito está condicionado devido à elevada corrente de água. Face à contínua subida dos caudais dos rios que correm na região centro do país, já foram destacadas várias embarcações da Marinha de Guerra e da Cruz Vermelha de Moçambique, com três a quatro militares, foram colocadas em locais estratégicos. O Instituto Nacional de Gestão das Calamidades já disponibilizou pouco mais de uma tonelada de farinha de milho, mais de 100 quilos de feijão manteiga, 600 litros de óleo alimentar e várias quantidades de produtos de higiene, para os afectados, acomodados na Escola primária Muda-Mufo, onde estão cerca de 600 pessoas.