Angola: Incerta a Realização de Conclave dos Jornalistas

O Congresso do Sindicato dos Jornalistas (SJA) está marcado para este ano.

Sem que exista para já uma data definitiva, o conclave está em princípio previsto para o próximo mês - embora fontes afectas ao Executivo da organização estejam já a ver a possibilidade do retardamento para os primeiros dias de Abril.

Nesta altura devia dar-se início a realização das Assembleias dos órgãos provinciais que entre outros assuntos se debruçariam sobre a efectivação dos relatórios e balanços e procederia à eleição dos delegados ao Congresso.

Qualquer que seja a data definida ou a definir para a sua realização, esta reunião está a ser aguardada com grande expectativa por parte dos jornalistas perante a generalizada opinião de paralisação que conhece este importante órgão de defesa da classe.

Asseguram as fontes por nós contactadas que o actual Executivo tornou-se inerte, apesar de bem assessorado por jovens de uma geração de quadros de nível superior, entre os quais contam-se juristas e jornalistas.

As fontes que pedem para não serem identificadas chegam mesmo a considerar que “tudo que se assiste presentemente é o afastamento da sua participação das decisões que são tomada”. O afastamento de muitos destes influentes membros se acentuou gradualmente no tempo.

Quando tomou posse em 2005 a actual direcção tinha por meta, entre outros objectivos, conseguir junto do ministério da Comunicação Social o Acordo para o Contracto Colectivo do Trabalho; participação no debate sobre o ordenamento jurídico da Imprensa tendo em vista a melhoria da Auto-Regulação nos Órgãos de Imprensa; a melhoria das condições de Trabalho dos Jornalistas bem como a extensão dos benefícios da Subvenção do Estado, aos Órgão privados de Imprensa.

Comenta-se por cá que no balanço que há-de ser feito, dificilmente o actual executivo escapará da referência do fracasso.

Não há memória de intervenção ou iniciativa do Sindicato nos últimos tempos que conta com sete centenas de jornalistas e está representado em quase todo o país.

Do que se conseguiu apurar Luísa Rogério que é a actual Secretária-Geral vai no segundo ano extra-mandato. Daí o carácter imperioso para a realização deste evento, além de faltosos aspectos que têm a ver com a pouca organização interna.

Curiosamente, até ao momento ninguém se pronunciou sobre uma eventual candidatura ao cargo de Secretário-Geral, ficando por se saber se por falta de interesse ou devido a escassez de publicidade em torno do evento.

A par do MISA que trata de questões viradas para o desenvolvimento qualitativo e quantitativo do sector na região da SADC, o SJA tem como objectivo central na sua acção a defesa dos direitos dos jornalistas numa perspectiva mais laboral.