O conselho de direitos humanos da ONU vai analisar Sexta-feira a situação de direitos humanos em Angola e o secretário de Estado dos Direitos Humanos angolano, António Bento Bembe, defende que na área que tutela já se fazem sentir claramente os resultados dos esforços do Governo para mudar o quadro.
O governante indica como exemplo de mudança, as actuais punições aplicadas a agentes da polícia nacional, várias vezes acusada em relatórios internacionais de violar os direitos humanos no país.
Um dos locais onde a questão do direitos humanos tem estado mais em foco em Angola é no território de Cabinda.
O alegado desrespeito pelos Direitos Humanos na região de Cabinda é uma das grandes preocupações de várias organizações internacionais, que apresentaram relatórios sobre o assunto à ONU, que debaterá sexta feira a situação em Angola nesta matéria.
A Amnistia Internacional (AI) refere que a supressão da liberdade de expressão e de associação é mais pronunciado na província de Cabinda.
As organizações de defesa dos Direitos Humanos relatam que os suspeitos de pertencerem à Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), que luta pela independência do território, são presos arbitrariamente pelo Exército, há julgamentos irregulares e ainda relatos de alegadas torturas.
O Conselho de Direitos Humanos organizou três documentos - um relatório nacional (coordenado por Angola), uma compilação dos relatórios de várias entidades da ONU e uma compilação dos relatórios apresentados pelas organizações de defesa dos direitos humanos -, divulgados em Novembro e que serão debatidos na Revisão Periódica Universal de Angola. O governador de Cabinda Mawete Joao Batista reuniu entretanto odos os funcionários públicos num pavilhão local para pedir responsabilidade e celeridade no atendimento do publico. O governador avisou também que não vai tolerar a corrupção. Ouça a reportagem do nosso correspondente José Manuel