Obama Ignora Política Externa Concentra-se em Combate ao Desemprego

O Presidente Barack Obama efectuou ontem o discurso anual sobre o estado da união.

É um discurso que a constituição obriga o presidente a fazer todos os anos perante as duas câmaras do congresso e que é hoje um ritual da cena política americana.

Serve para o presidente reafirmar o seu rumo ou mudar de rumo.

Ontem o presidente Barack obama efectuou o seu primeiro discurso sobre o estado da união, um discurso feito num momento que os democratas sofrem revezes em eleições intercalares. Há duas semanas perderam um lugar no senado no estado de Massachusetts, um lugar que se encontrava nas mãos do Partido Democrata há vários anos.

O professor Fraqnk de Souza da Universidade de brown disse nos que essa derrota foi lida por muitos como um repudio da politica da Casa Branca

A grande questão agora é saber como é que os americanos reagiram a esse discurso. Tendo em conta que a popularidade do presidente caiu de cerca de 68 por centro há um ano atrás para cerca de 50 por cento actualmente,terá este discurso, essencialmente virado para a situação interna, para fazer subir o nível de popularidade do presidente.

Frank de Souza disse nos que o presidente continua a apostar no papel do estado como força motriz da recuperação económica.

Esta opinião de Frank de Suza foi alias também reflectida hoje no Wall Street Journal que descreveu o discurso de Obama como o reembrulhar mais modesto de uma política anterior. Para o Wall Street Journal o principal problema do presidente Obama continua a ser a sua crença em que o crescimento económico será o resultado de acções do governo.

Mas a senadora Democrata Mary Landrieu não concorda

Disse Landrieu ter ficado particularmente satisfeita pelos aspectos em que o presidente se concentrou. O presidente, disse ela falou 15 vezes sobre as pequenas empresas, sobre ajuda á classe média, sobre a questão dos empregos. "Penso que é sobre isso que nos devemos concentrar", disse ela

O discurso de Obama pouco se referiu á política externa. Stwart Patrick do Conselho de Relações Externas, um centro de estudos sediado em Nova Yorque fez notar do lado positivo o seu anúncio de que estão prestes a terminar negociações sobre as armas nucleares com a Rússia que levarão a um novo acordo.

De menos persuasão, disse Patrick, foi a declaração do presidente de que há um novo empenho internacional contra os programas nucleares do Irão e Coreia do Norte.
Patrick afirmou que do seu ponto de vista o discurso de Obama pareceu –"desinformado de uma visão estratégica mais alargadas sobre a geo- politica contemporânea, incluindo os desafios da China e outras crescentes potencias.

Mas o professor Onésimo de Almei a Universidade de Brown afirma que a falta de referencia a questões internacionais não é de espantar já que a grande preocupação do povo americano é actualmente a situação económica particularmente a criação de postos de trabalho

O professor fez notar também que o presidente Obama só mencionou vagamente a questão da reforma do sistema de saúde que se tornou num tema negativo para a sua presidência.

Mas para Obama ou para qualquer outro presidente qual a capacidade de intervenção num pais com a economia gigantesca dos Estados Unidos ?

O professor Onesimo de Almeida disse que uma vez levou um conselheiro do antigo vice presidente Al Gorae a falar aos seus estudantes sobre esta questão e que este afirmou que a capacidade de intervenção do presidente na economia é muito limitada.

Mas para o professor Onesimo de Almeida o discurso de ontem enquadra-se em dar uma mensagem clara sobre a prioridade do seu governo que ele definiu como "empregos, empregos, empregos".

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