Obama Anuncia 30.000 Soldados Para o Afeganistão

O Presidente dos Estados Unidos anunciou o envio de trinta mil soldados para ao Afeganistão e pediu aos aliados para aumentarem também a sua contribuição às forças internacionais ali estacionadas.

Os comandos militares americanos no Afeganistão tinham pedido um reforço de 40.000 soldados e após várias semanas de consultas o Presidente Barack Obama decidiu-se por um número muito próximo do que foi pedido mas que com o aumento de forças de outro país deverá aproximar-se desses 40.000

Obama indicou esperar resultados rápidos deste reforço afirmando que a retirada americana do Afeganistão deverá começar em meados de 2011.

Falando perante cadetes na academia militar de West Point, o presidente começou por recordar que a presença militar americana no Afeganistão se deveu ao ataque terrorista da Al Qaida em Setembro de 2001 que causou a morte de quase 3.000 civis.

Barack Obama criticou indirectamente a guerra lançada para derrubar o presidente Saddam Hussein no Iraque afirmando que foi essa guerra que monopolizou a maioria das tropas Américas, recursos, diplomacia e atenção do povo americano, dividindo também a América do mundo.

Obama reconheceu que tinham sido alcançados sucesso no Iraque que irão permitir a retirada americana em 2011.

Mas isso, acrescentou, não tinha sido alcançado no Afeganistão onde no inicio do seu mandato havia apenas 32.000 soldados americanos no país.

O Afeganistão, disse o presidente, não está perdido mas tem havido revezes na situação no país.

No seu discurso o presidente Obama disse ter decidido ser do interesse nacional que toda os 30 mil soldados a serem enviados para o Afeganistão serão colocados no terreno no início de 2010 ao ritmo mais rápido possível para nas suas palavras "poderem atacar os rebeldes e garantir a segurança de centros populacionais".

Obama disse ter pedido aos países amigos para aumentarem também as tropas que actualmente mantêm no Afeganistão.

"Porque isto é um esforço internacional eu pedi que o nosso empenho seja apoiado por contribuições dos nossos aliados. Alguns já forneceram mais tropas e estamos confiantes que haverá mais contribuições nos próximos dias e semanas", disse o presidente americano.

Obama disse que o que está em jogo no Afeganistão não é apenas a credibilidade da NATO mas sim a segurança dos aliados americanos e da segurança comum de todo o mundo.

O presidente disse que o aumento das tropas americanas e de outros países irá permitir acelerar a responsabilidade da segurança para forças afegãs e começar uma retirada em Julho de 2011.

"Tal como fizemos no Iraque, vamos executar esta transição de forma responsável tendo em conta as condições no terreno. Vamos continuar a aconselhar e a ajudar as forças de segurança do Afeganistão para assegurar que podem ter sucesso a longo prazo. Mas seremos claros para com o governo afegão e mais importante do que isso ao povo afegão que eles serão em ultima análise responsáveis pelo seu próprio país", disse o presidente.

O presidente americano disse ainda que o espera um combate activo por parte do governo afegão contra a corrupção afirmando que acabaram os dias " de se dar um cheque em branco" ao governo afegão.

Obama abordou também as relações com o Paquistão.

"No nosso avanço estamos empenhados numa parceria com o Paquistão baseada em interesses mútuos, respeito mútuo e confiança mútua. Nós vamos fortalecer a capacidade do Paquistão de atacar os grupos que ameaçam os nossos países e tornàmos claro que não podemos tolerar zonas de abrigo para esses terroristas em locais conhecidos e cujas intenções são claras", acrescentou.

O presidente Obama abordou ainda o custo dos reforços no Afeganistão, afirmando que deveria custar 30 mil milhões de dólares este ano.

Disse apenas contudo que irá discutir com o Congresso como pagar esses custos numa altura em que os Estados Unidos tentam reduzir o seu deficit.