Kennedy disse uma vez ser parte da grandeza e tradição da América haver sempre quem fale pelos mais fracos.
Kennedy foi o terceiro com maior longevidade na história do Senado americano. Muitas vezes levantou a sua voz patrocinando projectos de lei em prol dos mais desprivilegiados. Foi esse o seu historial no Senado durante cerca de meio século, 47 anos. Kennedy, diz o seu biografo, desempenhou um papel importante na luta para por fim o recrutamento dos jovens para o serviço militar, entre outras vitórias.
Depois do assassinato do seu irmão, o presidente John F.Kennedy, Ted Kennedy retomou as rédeas na promoção e defesa dos direitos cívicos, resultando na aprovação em 1964 da Lei dos Direitos Cívicos, que ilegalizou a discriminação em lugares públicos. Kennedy continuou a campanha defendendo outras causas, tais como cuidados de saúde, arrendamentos acessíveis e o direito do voto. Kennedy, cujo filho perdeu uma das pernas amputada devido ao cancro, também trabalhou em prol dos diminuídos mentais e físicos, esforço que resultou na aprovação pelo Senado em 1990,da Lei de Protecção dos Americanos Mental ou Fisicamente Deficientes.
Andrew Imparato, presidente da Associação Americana de Pessoas Deficientes, disse que o Senador Kennedy interpretava qualquer forma de deficiência nas pessoas como sendo parte essencial da vida, e por isso, merecedora da compaixão dos demais. Tratando-se de uma criança, dizia ele, devem-se criar oportunidades para que possa frequentar a escola com as mesmas disponibilidades.
Um dos seus admiradores e amigo pessoal, Donald Ritchie, disse que embora Ted Kennedy tenha perdido a batalha contra o cancro o seu legado, os seus ideiais, continuam na forma como os americanos aprenderam dele como lutar contra determinados males na sua sociedade.
Um outro colega seu no Senado, Ted Sorensen, disse que o Kennedy levantou a tocha onde a deixaram cair os seus dois irmãos ,o presidente John Kennedy e Robert Kennedy, candidato presidencial, esforçando-se por cumprir e realizar os seus ideais. Ted Kennedy diria uma vez não se tratar de ideais de uma ou duas pessoas mas de ideais de todos aqueles que acreditam neles como seus padrões de vida.
Ted Kennedy pensava mais longe. Preocupava-o também o futuro das futuras gerações da América.
Mas uma vez, em 2008, Kennedy pareceu ter encontrado alguma saída, em Barack Obama, futuro presidente da América. Disse Kennedy na convenção que nomeou Obama a candidato presidencial pelos democratas: a tocha vai passar mais uma vez para uma nova geração de americanos. Na minha opinião, disse Kennedy ,Obama é a pessoa que vai sonhar os meus sonhos, partilhar os mesmos ideais, levando por diante este legado extraordinário em que nos temos empenhado.