Madagáscar sem acordo
Em Moçambique, as conversações visando a partilha do poder entre os líderes das facções rivais no Madagáscar, terminaram sem um acordo que poderia conduzir a formação de um governo de unidade nacional.
A mediação moçambicana tornou publico um comunicado na qual alega que as partes não conseguiram chegar a um consenso, quanto a formação do governo interino de unidade nacional, tal como tinha acordado durante as conversações do passado dia 14 de Setembro na capital moçambicana.
Os líderes dos quatro maiores grupos políticos no Madagáscar tem estado reunido em conversações na capital moçambicana, desde a passada terça feira.
O actual líder malgaxe, Andry Rajoelina e o seu mais directo rival político, a quem depôs do poder, o ex presidente Marc Ravolamanana irão agora indicar um líder para cada uma das duas câmaras do parlamento naquele país no Indico.
As conversações desta semana em Maputo entraram num impasse, depois do presidente Andry Rajoelina ter reivindicado a liderança do futuro governo de unidade nacional, exigência que os partidários do deposto presidente Marc Ravolomanana rejeitaram.
No
inicio do ano o então líder da oposição e presidente da Câmara Municipal da
cidade -capital malgaxe, Antananarivo, Andry Rajoelina liderou uma onda de manifestações
que resultaram na deposição do poder, do presidente Marc Ravolomanana.
Zuma avista-se com Mugabe
O presidente sul-africano Jacob Zuma encontrou-se em Harare, com o seu homólogo zimbabueano, com quem debateu formas de resolução da disputa no interior do frágil governo de unidade nacional do Zimbabué.
Zuma manteve conversações com o presidente Robert Mugabe e com o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, que assumiu a chefia do executivo governamental, na sequência dos acordos de partilha de poder de Fevereiro deste ano.
Ontem, durante um jantar de trabalho, Jacob Zuma manifestou-se confiante quanto a possibilidade das duas partes resolverem as suas divergências para que o governo de unidade nacional funcione na sua plenitude.
Para o líder sul-africano, as divergências que ainda prevalecem não são de forma alguma insuperáveis.
Trata-se pois da primeira visita de estado de Jacob Zuma ao Zimbabué, isto desde que foi eleito presidente, em Maio último.
Um alto funcionário sul-africano que integra a delegação do presidente Zuma, disse que o líder sul-africano encontra-se em Harare para tentar pressionar o presidente Robert Mugabe a por cobro a perseguição dos apoiantes e partidários do primeiro-ministro Morgan Tsangirai.
Espera-se por outro lado que o presidente Jacob Zuma assume posições bem mais enérgicas face a repressão política e aos abusos dos direitos humanos no Zimbabué.
ACNUR ajuda populares
A agência da ONU, para os refugiados revelou que pelo menos 125 mil populares fugiram nos últimos tempos, dos ataques dos rebeldes ugandeses na Republica Democrática do Congo.
De acordo com o porta-voz daquela agência, Andrej Mahevic o êxodo das populações decorre da brutalidade dos ataques perpetrados pelos guerrilheiros do Exercito da Resistência do Senhor a localidade de Alto Uele, distrito da província Oriental.
Mahecic disse ainda que durante os ataques, os rebeldes ugandeses mataram cerca de 1300 aldeões e raptaram 655 crianças.
Com estes números aumenta para cerca de meio milhão o número de pessoas desalojadas desde meados de Setembro, naquela região da Republica Democrática do Congo.
A maior parte dos desalojados procuraram refúgio nas aldeias e cidades na periferia melhor guarnecidas em termos de presença de efectivos militares das forcas congolesas.
A agência da ONU para os refugiados e demais organizações humanitárias estão a distribuir ajuda alimentar, lençóis e mosquiteiros a 11 mil refugiados.
Irão e o sufrágio de Junho
O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, apelou a que sejam processados os líderes da oposição no rescaldo da sua eleição em Junho passado.
Num discurso televisivo a escala nacional, na capital, Teerão, o governante iraniano disse que os líderes da oposição devem, tal como afirmou, ser seriamente confrontados a responderem pelas suas acções levando a cabo o plano do inimigo.
Disse Ahmadinejad que os líderes oposicionistas do escalão mais baixo, que estão a ser julgados em tribunal pelo papel que desempenharam durante os distúrbios, poderão ser perdoados no âmbito da clemência islâmica, por terem sido enganados a participarem no conluio.
Milhares de iranianos foram detidos por alegadamente terem participado nas manifestações de protestos contra a reeleição do Presidente Ahmadinejad, encontrando-se ainda muitos deles sob detenção alegadamente por crimes contra o estado.
Todavia, um dos detidos, o proeminente activista e advogado dos direitos humanos, Abdolfattah Soltani, foi libertado sob fiança, na quarta-feira, tendo afirmado que iria levantar um processo próprio contra os juízes e promotores do estado que arquitectaram a sua detenção.
Alemanha: Terrorista Detido
A polícia alemã prendeu um indivíduo suspeito de estar ligado à organização terrorista que planeou ataques contra interesses americanos na Alemanha.
Os acusadores públicos identificaram o cidadão detido como Kadir T, um alemão-turco de 24 anos. Suspeita-se que ele comprou uma câmara de vídeo que equipamento de visão nocturna para o grupo terrorista islâmico Jihad Union.
Quatro líderes do grupo estão a ser julgados em Dusseldorf. Os quatro admitiram pertencer ao grupo e fizeram confissões detalhadas sobre o complô para bombardear alvos americanos na Alemanha. Tentativa impedida pela polícia.
Cimeira da América do Sul: As bases americanas
Líderes da América do Sul estão reunidos em cimeira na Argentina, a discutir preocupações sobre o acordo militar entre os Estados Unidos e a Colômbia.
A decisão colombiana de permitir aos americanos usar sete das suas bases para operações anti-droga originou clamores regionais.
A presidente argentina, Cristina Kirchner afirmou ser necessária uma doutrina clara e uniforme sobre outros países que usam bases na América do Sul.
O presidente venezuelano, Hugo Chaves, afirmou que os Estados Unidos poderiam querer usar as bases colombianas para derrubar dirigentes latino-americanos como ele próprio. Enquanto o presidente colombiano, Álvaro Uribe, negou tais preocupações, acrescentando que o acordo sobre as bases faz parte da parceria de combate ao terrorismo ligado ao narcotráfico.