O Primeiro-ministro Morgan Tsvangirai disse que o governo de unidade do Zimbabué em três nomeações importantes numa tentativa para resolver o impasse politico que tem paralisado a nova administração.
Pouco a pouco, Tsvangirai vai reduzindo o número das restantes questões desde a tomada de posse do governo da unidade nacional em Fevereiro passado.
Tsvangirai disse na ocasião, que, nas suas palavras, se trata de um processo lento e frustrante, mas que, mesmo assim, o grupo tem sido capaz de chegar a um entendimento em várias questões pendentes.
O Primeiro-ministro Tsvangirai adiantou que a nomeação de 10 governadores provinciais será partilhada pelos dois partidos e que as restantes cinco vagas a nível de embaixadores seriam preenchidas pelo seu Movimento de Mudança Democrática e por um parceiro menor da coligação.
Disse que os líderes regionais serão ainda solicitados para sua interposição na disputa relativamente a dois outros postos considerados importantes para a recuperação económica e restauração do governo da lei, no Zimbabué.
Os dois cargos ainda em disputa são a nomeação, em Novembro passado, de Gideon Gono para o cargo de governador do Banco Central do Zimbabué, e de Johannes Tomana, para o lugar de Procurador-Geral do estado zimbabueano, ambos com fortes laços com o partido de Robert Mugabe, ZANU-FP.
Tsvangirai afirmou que a recondução de Gono constitui não apenas a violação do acordo político, mas ainda do código daquela instituição financeira do país. Os líderes zimbabueanos de negócios atribuem a Gono, que tem exercido o cargo durante vários anos, o colapso da economia zimbabueana, sendo a sua recondução ao posto considerada como obstáculo para o acesso a ajuda financeira estrangeira, necessária para a recuperação económica do Zimbabwe.
O Primeiro-ministro zimbabueano disse esperar que a SADC, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, iria discutir o problema como questão de emergência.
Tsvangirai afirmou ainda que o legislador oposicionista, Roy Bennett, deverá ser reconduzido ao seu posto de Vice-ministro de Agricultura. Roy Bennett fora acusado, na altura mesma em que o governo de unidade entrava em funções, de posse ilegal de armas num caso ligado a alegações, desde há muito desacreditadas, de conspiração para derrubar o Presidente Mugabe por meios violentos. Bennett foi libertado sob fiança em Março passado.
Morgan Tsvangirai disse que os regulamentos anteriores que restringiam jornalistas locais e estrangeiros já não são aplicáveis no âmbito do governo de unidade. Os referidos regulamentos, proibiam, praticamente, a entrada no país de jornalistas estrangeiros, adiantando que não havia mais restrições de carácter legal quanto a acreditação de jornalistas e organizações da imprensa para a sua actuação no Zimbabwe, até a entrada em vigor da nova Comissão.